O governador cassado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), pode assistir da cadeia a eleição de seu sucessor em uma eleição indireta na Câmara Legislativa do Distrito Federal que deve acontecer até o dia 17 de abril.
É que a subprocuradora-geral da Republica, Raquel Dodge, pediu na última quinta-feira (18) ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) a prorrogação, por 30 dias, do inquérito policial que investiga as denúncias de irregularidades no governo do Distrito Federal.
Com base nesse pedido, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, manifestou sua intenção de recomendar ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) a manutenção da prisão de Arruda por entender que ele ainda pode "interferir" nas investigações sobre o esquema de corrupção:
- Ainda temos necessidades de produzirmos algumas provas e ele pode interferir mesmo fora do governo. Quando concluir as investigações, o Ministério Público será o primeiro a requerer a soltura de José Roberto Arruda.
Se o STJ aceitar a sugestão de Gurgel, as eleições do novo governador devem acontecer com Arruda na cadeia. A Câmara Legislativa convocou na última sexta-feira (19) as eleições indiretas para acontecer em até 30 dias, prazo que termina no dia 17 de abril.
O pleito só será suspenso se a defesa de Arruda conseguir derrubar na Justiça a perda do mandato determinada na última terça-feira (16) pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) por desfiliação partidária.