Arthur Lira anuncia votação da PEC do Ajuste Fiscal para a manhã de hoje

Em uma votação prévia, para possibilitar a votação da PEC, o governo obteve apenas 294 votos

Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) | Foto Lula Marques/ Agência Brasil
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), agendou para a manhã desta quinta-feira (18) a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o acesso ao abono salarial e estende a desvinculação de receitas do governo.

A apreciação, inicialmente programada para esta quarta-feira (17), foi adiada após o plenário da Casa aprovar a prioridade de votação de uma emenda apresentada pelo deputado Moses Rodrigues (União-CE).

PASSO NECESSÁRIO

A aprovação dessa preferência foi um passo necessário, pois Lira vinculou a PEC apresentada pelo governo federal a uma proposta antiga, de 2007. Com essa estratégia, o texto elaborado por Moses Rodrigues, designado por Lira como relator da PEC, substituiu integralmente a proposta original de 2007. 

Os deputados precisaram aprovar a preferência do texto de Moses sobre o anterior, o que ocorreu por 294 votos a 172. Como PECs exigem, no mínimo, 308 votos em dois turnos, Lira adiou a votação ao perceber o risco de quórum insuficiente.

Na quinta-feira pela manhã, a PEC será analisada em primeiro turno, seguida da apreciação de destaques e, posteriormente, de um segundo turno.

EQUILIBRAR AS CONTAS PÚBLICAS

A proposta faz parte de um pacote do Ministério da Fazenda para equilibrar as contas públicas e economizar R$ 375 bilhões até 2030. Um dos textos, que cria "gatilhos" para controlar despesas, já foi aprovado. 

Após negociações, o relator Moses Rodrigues (União-CE) reduziu parte das medidas, diminuindo o corte de gastos. O mercado, preocupado com possíveis insuficiências na contenção de despesas, tem reagido com queda na Bolsa e alta do dólar.

A alteração mais significativa feita pelo relator envolve a revisão do cálculo do percentual de recursos da União destinados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). 

A proposta discutida pelo Congresso:

  • define novas regras ao abono salarial
  • abre brecha para supersalários no funcionalismo público
  • muda contabilidade de repasses da União ao Fundeb
  • prorroga liberação de parte de recursos que deveriam ser obrigatoriamente destinados a outras áreas

 

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES