Em agenda na Assembleia Legislativa do Ceará na última terça-feira, 28 de junho, foi lançado o movimento 'Unidos pela Ibiapaba', composto por vinte e cinco entidades empresariais e religiosas, reunidas pelo deputado Carlos Matos (União Brasil).
Na ocasião, foram homenageados os pioneiros do agronegócio a partir da implantação do Instituto Agropolos pelo governo do Estado há 20 anos.
Durante o evento, Matos incitou o sentimento de pertencimento dos cearenses para que nenhum ibiapabano sinta-se sozinho na luta pela manutenção das terras reivindicadas pelo Governo do Piauí.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará, Amilcar Silveira, criticou a omissão do ex-governador, Camilo Santana, por não ter tomado nenhuma providência para impedir que o litígio chegasse ao Supremo Tribunal Federal. Ele destacou a atitude da governadora Izolda Cela (PDT) que procurou a relatora do processo, ministra Cármen Lúcia, e provocou a Procuradoria Geral do Estado para acompanhar o caso.
O empresário Paulo Wagner, que preside da Agência Líder de Desenvolvimento da Ibiapaba, reclamou que a região é rica, representa quase metade da produção da agricultura cearense, mas é esquecida dos poderes públicos.
O bispo da Diocese de Tianguá, Dom Francisco Edimilson Neves, afirmou que os padres estão preocupados com a disputa de terras e sugeriu que os interesses político/administrativos entre o Ceará e o Piauí deveriam dar lugar ao cuidado das pessoas e suas identidades.
Edimilson pediu respeito a vontade do povo da Ibiapaba dentro de um processo democrático de escolha. O religioso disse que estava faltando mobilização popular, povo nas ruas em defesa de sua identidade cultural.
Assinam o manifesto “A Ibiapaba é Nossa e Sempre Será” as seguintes entidades: Faec, Sinduscon, Fiec, FCDL, MPCE, CDL Fortaleza, ACESU, ACAD, Acomac, Aceav, AJE, Acert, OAB/CE, Diocese de Tianguá, Agência Líder, Fecomércio, CIC, Associação Caatinga, Unichristus, ACC, Fampec, OCB/CE, Instituto Promover e FACC.