Atentado reforça necessidade de responsabilização de quem atente contra a democracia, diz Barroso

Sobre o 8 de janeiro, Barroso disse que “milhares de pessoas, mancomunadas via redes sociais e com grave cumplicidade de autoridades”

Barroso | Reprodução
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, comentou nesta quinta-feira (14) as explosões na área central de Brasília, na noite de quarta (13).

Barroso citou também os atos golpistas de 8 de janeiro e o atentado desta quinta como resultado de discursos de ódio, violência e agressividade.

"A gravidade do atentado nos alerta para a preocupante realidade que persiste no Brasil. A ideia de aplacar e de deslegitimar as instituições, numa perspectiva autoritária e não pluralista de exercício do poder inspirada pela intolerância, pela violência e pela desinformação", afirmou.

"Reforça também, e sobretudo, a necessidade de responsabilização de todos que atentem contra a democracia", completou o magistrado.

No discurso que fez na sessão do STF, Luís Roberto Barroso lembrou episódios de ataques às instituições do Poder Judiciário, como ofensas feitas pelo ex-deputado Daniel Silveira e ações de apoiadores e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Sobre o 8 de janeiro, Barroso disse que "milhares de pessoas, mancomunadas via redes sociais e com grave cumplicidade de autoridades" invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes da República. Ele defendeu punição aos envolvidos e disse que minimizar o episódio incentiva atos semelhantes.

"Algumas pessoas foram da indignação à pena, procurando naturalizar o absurdo. Não veem que dão um incentivo para que o mesmo tipo de comportamento ocorra outras vezes. Querem perdoar sem antes sequer condenar", acrescentou o presidente do STF.

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