“Atualmente eu estou vivendo o livro”, diz Dilma em entrevista

Presidente participou do programa “Hebe”, de Hebe Camargo.

Dilma e Hebe | Reprodução da web
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A presidente Dilma Rousseff afirmou no programa da "Hebe", da Rede TV, que foi ao ar na noite desta terça-feira (15), que não pretende escrever um livro sobre sua vida porque já vive seu próprio livro: "Atualmente eu estou vivendo o livro", disse a presidente.

Dilma foi entrevistada pela apresentadora Hebe Camargo em programa que foi gravado no final de fevereiro e exibido na noite desta terça. A entrevista foi no Palácio do Alvorada, residência oficial da presidente. Ao final, Dilma levou a apresentadora para passear no interior do palácio.

"Morar no palácio não é muito bom. O palácio não foi feito para as pessoas morarem, mas sim para visitar. Sempre que eu posso eu fujo para o Torto [Granja do Torto], que é mais casa, tem cara de fazenda?, disse a presidente.

Sempre me perguntam se quando eu era pequena eu queria ser presidente. Eu queria ser bailarina, depois queria ser do Corpo de Bombeiros. E hoje as meninas podem ser presidentas"

Dilma Rousseff

Durante a entrevista de quase 30 minutos, a presidente disse que se considera uma pessoa vaidosa, mas um tanto distraída. "Eu sou capaz de colocar um brinco e esquecer do outro", disse a presidente. Dilma ainda afirmou que não tem problemas com roupas, mas que sua opção são pelas calças, que facilitam o deslocamento. Sua cor preferida é preto. A presidente afirmou ainda que costuma fazer ginástica e caminhadas para manter a forma.

Na bolsa da presidente, pelo menos três itens básicos não podem faltar: "Óculos, batom e um pozinho. Agora, eu tenho muito papel na bolsa. Tenho resumos. Eu tenho muito papel", disse Dilma.

Sobre ser conhecida como uma pessoa braba, Dilma admitiu que cobra as pessoas da mesma forma que costuma cobrar a si própria.

"Uma vez eu perguntei, você já ouviu falar que alguém político homem é brabo? Eu não conheço. Aí, eu cheguei a conclusão que a única pessoa braba era eu. A liderança e a direção é vista como uma certa dureza, uma nota falsa. Eu acho que eu tenho de prestar conta para o povo brasileiro, e eu me cobro por isso. E eu cobro as pessoas da mesma forma que eu me cobro".

Vida política

Dilma recordou, durante a entrevista, o começo da sua militância política, ainda quando era estudante, aos 16 anos. Falou sobre os dois anos que ficou presa durante o regime militar, na década de 70, e o recomeço da vida em Porto Alegre, onde viveu com o ex-marido.

"Sempre me perguntam se quando eu era pequena eu queria ser presidente. Eu queria ser bailarina, depois queria ser do Corpo de Bombeiros. E hoje as meninas podem ser presidentas".

O título de presidente trouxe mudanças na rotina de Dilma. "Nâo é de fato uma coisa boa você perder a possibildiade de andar na rua, de entrar numa padaria, tomar um cafezinho, comprar um livro, olhar uma roupa. Mas tem suas compesações. Eu não nasci presidente da República, eu estou presidente da República e tenho de desempenhar da melhor maneira possível", disse.

Saúde

Hebe Camargo, que assim como a presidente Dilma Rousseff enfretou um câncer, puxou a conversa sobre a questão de saúde. Dilma disse que segue fazendo os exames periódicos, mas que está completamente curada da doença. "O câncer é uma doença dominável, que se as pessoas tratarem, forem ao médico, tem cura. A mulher tem de cuidar do câncer de mama, e o homem de próstata. Tem de enfrentar", disse.

Mulheres

Dilma afirmou que um dos programas mais importantes do seu governo é o que prevê a erradicação da pobreza. Segunda ela, um programa que está diretamente ligado às mulheres.

"Meu programa mais importante diz respeito às mulheres também, que é o programa de erradicação da poberza. Nós vamos tirar as pessoas da pobreza com duas coisas: renda, as pessoas tem direito de ter seu trabalho para manter a vida, e tem uma coisa que eu acho a forma mais importante, que é educação. Saúde a gente sabe como é importante, que é outra coisa que eu me comprometi", disse a presidente.

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