O panorama das exportações no Piauí em 2015 tem comprovado que o comércio exterior vive de oportunidades e não de crise, com os números pujantes registrados entre os meses de janeiro e setembro deste ano, o Estado ganha destaque no quadro nacional, elevando a potencialidade dos produtos locais.
Nos dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), replicados pela Fecomércio-PI esta semana, a Balança Comercial Piauiense apresentou saldo positivo de US$ 253,68 milhões no período, o que representa cerca de R$ 969 milhões, cabe ressaltar que o valor condiz para a diferença entre as transações de compra e venda com os demais países do mundo.
Ao todo as exportações cresceram 60,40% na comparação com o ano passado, chegando ao patamar de US$ 351,75 milhões (R$ 1,34 bilhão), enquanto as importações tiveram um decréscimo de 53,26%, alcançando apenas US$ 98,07 milhões (R$ 373,8 milhões). Em tal quadro, o Piauí desponta como o segundo Estado com maior elevação nas vendas com o exterior, ficando atrás apenas do Acre, em que os índices subiram 143,63%; completam o ranking: Rio Grande do Norte, com saldo positivo de 26,88%; Maranhão com 24,40% e Sergipe com 11,34%.
O detalhamento comprova o destaque dos Estados do Norte e Nordeste na contramão das dificuldades enfrentadas pela crise financeira em âmbito mundial. Assim, ao tomar por base a análise país a país, o maior parceiro piauiense é a China, concentrando 59,11% das transações de venda, seguido da Espanha com 7,83%, os Estados Unidos com 5,37% e Japão com 4,4%. Além destas outras federações se destacam como a França com 2,84% das vendas, Holanda com 2,82% e Reino Unido completando a descrição com 2,63%.
PRODUTOS – A evolução da produção no Piauí e a diversidade de riquezas locais é ancorada pelos números divulgados pelo Ministério, que mostram o crescimento de outras culturas, apesar da supremacia da soja, representando 78,45% de todas as mercadorias enviadas ao exterior, seguida da Cera de Carnaúba ( 12,01% ), algodão ( 3,44% ), Mel de Abelha (1,95% ) e Milho em Grãos ( 1,39% ).
No que tange aos setores, os bens primários despontam na liderança isolada com 78,45%, destinados a alimentos e bebidas para indústrias, além de 19,35% para insumos industriais, os conhecidos como commodities.
Agricultura se destaca com 18,68% de previsão de crescimento na safra
A conjuntura econômica piauiense no primeiro semestre de 2015 foi reverberada pela Fundação Ce- pro em balancete divulgado na tarde de ontem com os principais índices do período. Fazendo uma aparato de todos os dados consolidados pelos órgãos administrativos, a agricultura piauiense se destaca com previsão de crescimento da safra de 18,68%.
No que se refere aos números da geração de em- prego e renda, o Estado foi o único do Nordeste a apresentar variação positiva, com 62.392 admissões e 62.295 desligamentos registrados no primeiro semestre do ano.
A análise também abarcou as finanças públicas, recorde que apontou para a arrecadação de R$ 1,576 bilhão com o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), representando um incremento de 12,61%; o Fundo de Participação do Estado (FPE) alcançou elevação de 7,69% em termos reais, alcançando R$ 1,453 bilhão. Já no que condiz com a arrecadação do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos) o avanço foi de 17,19%, o que corresponde a R$ 122,4 milhões.