A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de conceder liberdade provisória a Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, foi resultado de uma intensa articulação nos bastidores protagonizada por aliados do dirigente partidário.
Em uma tentativa de persuadir Moraes a liberar Valdemar, aliados do cacique do PL buscaram apoio de diversas personalidades do mundo jurídico e político brasileiro. Entre as autoridades contatadas estão os ministros Gilmar Mendes, atual decano do STF, e André Mendonça, indicado à Corte pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além disso, recorreram ao ex-presidente Michel Temer (MDB), responsável pela indicação de Moraes ao Supremo em 2017.
A estratégia de articulação mostrou-se eficaz, resultando na soltura de Valdemar no último sábado (10/2), apenas um dia após Moraes converter a prisão do dirigente em preventiva, sem estabelecer um prazo para revogação.
Prisão de Valdemar
Valdemar Costa Neto havia sido preso em flagrante pela Polícia Federal (PF) na manhã da última quinta-feira (8), em Brasília, por posse ilegal de arma de fogo e uma pepita de 39 gramas de ouro. A prisão ocorreu no âmbito de uma operação que investiga uma suposta organização criminosa envolvida na tentativa de "golpe de Estado" para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.
Embora inicialmente fosse alvo apenas de mandados de busca e apreensão, a descoberta da arma e do ouro durante a operação levou à prisão em flagrante de Valdemar. Após a soltura, o presidente nacional do PL deixou Brasília no mesmo dia, voando para São Paulo, onde se reuniu com a família.
O desenrolar dessa sequência de eventos levanta questões sobre os bastidores judiciais e políticos, destacando a influência de figuras de destaque nos corredores do poder na obtenção da liberdade provisória para Valdemar Costa Neto.
Para mais informações, acesse MeioNorte.com