A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) compartilhou em suas contas de mídia social um vídeo que retrata o casamento de uma mulher que alegadamente foi detida durante os atos golpistas que aconteceram em Brasília no dia 8 de janeiro deste ano.
A representante política, alinhada ao governo de Bolsonaro, afirmou em suas postagens no Twitter e, posteriormente, no Instagram, que a noiva, ao entrar na igreja usando um véu com temática da bandeira do Brasil e uma tornozeleira eletrônica, teria sido detida durante os protestos que ocorreram nas sedes dos Três Poderes neste ano.
"Casamento de uma das mulheres presas em Brasília, usando tornozeleira. Como véu, a bandeira do Brasil. Impossível não se emocionar", publicou Kicis. O uso do acessório de vigilência costuma ocorrer quando o investigado responde em liberdade, mas cumpre medidas cautelares.
Em janeiro, após os ataques em Brasília, mais de 1,1 mil extremistas foram detidos nas cadeias do Distrito Federal. Nesta sexta-feira, a última mulher presa na penitência feminina, Colmeia, foi liberada após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Vários parlamentares que fazem parte da base do ex-presidente adotaram a prática regular de compartilhar em suas redes sociais informações e acompanhar a rotina dos extremistas detidos. Além de Bia Kicis, o senador Magno Malta (PL-ES) e a deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) também costumam postar fotos e vídeos relacionados a detentos e ex-detentos na Penitenciária da Papuda e na Penitenciária Colmeia.
Na última semana, a presidente do STF Rosa Weber marcou os primeiros julgamentos das pessoas que viraram rés pelos ataques do dia 8 de janeiro. As análises ocorrerão em 13 e 14 de setembro em sessões extraordinárias.