A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com um pedido na Justiça de São Paulo alegando que o político não possui recursos financeiros suficientes para quitar a dívida decorrente do não uso de máscara e argumenta que o bloqueio em suas contas bancárias atingiu "verba de caráter alimentar".
O ex-chefe do Executivo acumula uma dívida ativa com o estado de São Paulo no valor de R$ 1.062.416,65 devido à sua recusa em utilizar máscara durante a pandemia de Covid-19. Como resultado do não pagamento dos débitos, a Justiça bloqueou R$ 500 mil das contas do ex-presidente.
Na tentativa de desbloquear as contas, a defesa de Bolsonaro propôs a penhora de um apartamento localizado no Sudoeste, em Brasília. No processo, a advogada Karina Kufa, representante de Bolsonaro, apresentou anúncios de imóveis semelhantes na mesma região, vendidos por valores entre R$ 1,2 milhão e R$ 2 milhões.
A defesa de Bolsonaro alegou que o valor bloqueado afetou todas as suas reservas financeiras, prejudicando o modo de viver de sua família.
Vaquinha via Pix
Com as contas bloqueadas, apoiadores do ex-líder da República passaram a realizar doações para a conta bancária de Bolsonaro, utilizando a modalidade de transação instantânea do Pix, com o objetivo de ajudá-lo a pagar as multas impostas devido a seus delitos. Na última quinta-feira (29/06), o ex-presidente afirmou ter arrecadado o valor necessário para pagar todas as multas.
A decisão de multá-lo foi tomada pela Secretaria da Saúde de São Paulo (SES-SP) e o valor inclui as penalidades, juros e honorários advocatícios.
Apesar do pedido apresentado pela defesa do ex-presidente, a juíza Ana Maria Brugin negou o requerimento, visto que “não houve a possibilidade de impenhorabilidade, nego o pedido de desbloqueio dos ativos financeiros e determino ao Cartório que elabore a minuta de transferência".
Saiba mais em: Meionorte.com