Nesta terça-feira (19), a Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 16 pessoas em uma investigação sobre um suposto esquema de falsificação de vacinas. O indiciamento foi revelado pelo blog da Daniela Lima no G1, com os documentos mantidos em sigilo. Entre os indiciados estão Bolsonaro, Mauro Barbosa Cid (coronel do Exército), sua esposa, políticos e outros colaboradores.
O indiciamento resulta de uma operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em maio de 2023, no inquérito das milícias digitais. Segundo as investigações, o grupo ligado a Bolsonaro inseriu informações falsas de vacinação no ConecteSUS para obter vantagens ilícitas e depois retirou os registros do sistema. Esses dados forjados foram inseridos pouco antes de Bolsonaro viajar aos Estados Unidos em dezembro de 2022, quando o país exigia comprovante de vacinação para entrada.
O inquérito identificou que foram forjados dados de vacinação de pelo menos sete pessoas, incluindo Bolsonaro, sua filha, Mauro Cid e sua família. As defesas dos indiciados estão sendo buscadas. Na época da operação, em 2023, Bolsonaro negou ter se vacinado contra Covid e alegou não haver adulteração em seus registros de saúde. O indiciamento significa que a PF considera haver elementos suficientes para responsabilização dos investigados, cabendo ao Ministério Público decidir se apresenta denúncia à Justiça.
Confira a lista de indiciados:
- Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Mauro Barbosa Cid, coronel do Exército e ex-ajudante de ordens da Presidência da República;
- Gabriela Santiago Cid, esposa da Mauro Cid;
- Gutemberg Reis de Oliveira, deputado federal (MDB-RJ);
- Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército que integrava a equipe de Mauro Cid;
- Farley Vinicius Alcântara, médico que teria emitido cartão falso de vacina para a família de Cid;
- Eduardo Crespo Alves, militar;
- Paulo Sérgio da Costa Ferreira
- Ailton Gonçalves Barros, ex-major do Exército;
- Marcelo Fernandes Holanda;
- Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias;
- João Carlos de Sousa Brecha, então secretário de Governo de Duque de Caxias;
- Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro;
- Max Guilherme Machado de Moura, assessor e segurança de Bolsonaro;
- Sergio Rocha Cordeiro, assessor e segurança de Bolsonaro;
- Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora de Duque de Caxias;
- Célia Serrano da Silva.
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