Bolsonaro deve permanecer nos EUA até abril e planeja ida à Europa em maio

Ex-presidente participará de um encontro em Lisboa da extrema-direita internacional

Jair Bolsonaro | AFP
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ANNA SATIE

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não deve voltar ao Brasil no final deste mês, como havia prometido em evento na semana passada.

Ex-presidente Jair Bolsonaro está nos Estados Unidos desde dezembro Foto: Carolina Antunes 

Governo autorizou servidores a acompanharem Bolsonaro na Flórida, nos EUA, até meados de abril.

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Despacho publicado nesta terça-feira (21) permitiu que três servidores viajem até os Estados Unidos para "prestarem assessoria, segurança e apoio" ao ex-presidente em agendas internacionais nas cidades de Orlando, Flórida e Jacksonville entre 28 de março e 15 de abril. Os deslocamentos serão pagos com dinheiro público.

Bolsonaro ainda deve viajar pela Europa antes de voltar ao país. Segundo o jornal português Correio da Manhã, ele participará de um encontro em Lisboa da extrema-direita internacional, ao lado de Marine Le Pen (França) e Santiago Abascal (Espanha).

Assessores sugeriram participação em evento em Portugal. Ainda de acordo com o Correio, o organizador do evento foi contatado por assessores do ex-presidente, que propuseram a participação porque Bolsonaro também irá a Madri e Roma.

EX-PRESIDENTE DEIXOU PAÍS EM DEZEMBRO DE 2022

Bolsonaro partiu dois dias antes de encerrar o mandato, e quebrou a tradição democrática de passar a faixa ao sucessor, Lula (PT).

Ele disse que voltaria em 29 de março. Em evento com empresários brasileiros em Orlando na semana passada, o ex-presidente disse que estava com a viagem de volta ao Brasil marcada para o fim do mês, mas que avaliaria a situação no país antes de tomar decisão final.

"A data marcada agora é dia 29 deste mês. Quando falta uma semana, a gente estuda a situação, como que está o Brasil, como tão os contatos aqui", disse.

Ex-presidente disse acreditar que pode ficar inelegível. Ele responde a 15 ações que podem cassar seus direitos políticos, como a que investiga a reunião em que ele convocou embaixadores para falar mentiras sobre a urna eletrônica.

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