SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (29) que a demissão do presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna, "é coisa de rotina". A declaração ocorre um dia após ele decidir tirar o militar do cargo e indicar o economista Adriano Pires para a função.
"É coisa de rotina, sem problema nenhum", disse Bolsonaro, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, após ser questionado sobre a substituição no comando da petroleira.
Segundo apurou a colunista do UOL Carla Araújo, Silva e Luna foi informado na manhã de ontem por Bolsonaro de que não será reconduzido ao cargo na estatal, mas a oficialização da saída dele deve acontecer apenas em 13 de abril, quando haverá reunião de conselho da companhia.
O general esteve no Rio de Janeiro ontem e quem foi o responsável por passar recado de Bolsonaro foi o ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia).
Adriano Pires é sócio e fundador do Cbie (Centro Brasileiro de Infraestrutura). Doutor em economia industrial pela Universidade de Paris 13, Pires tem mais de 40 anos de atuação na área de energia e já passou pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis).
A escolha de Pires teve o aval do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que levou o nome do economista para apreciação de Bolsonaro. Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, que está em Paris para participar de agenda da OCDE, afirmou a auxiliares que não teve interferência na escolha do nome, nem na saída de Silva e Luna.