Bolsonaro usa polêmica da 'Choquei' para pedir saída de Lula

O ex-presidente, sem apresentar evidências sólidas, alega que a agência responsável pela Choquei faz parte de um suposto “gabinete do ódio” vinculado à “esquerda lulista”

Jair Bolsonaro, Jéssica Vitória e Lula | Montagem/MeioNorte
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou sua conta na plataforma X (antigo Twitter) para divulgar um vídeo pedindo o impeachment do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), baseando-se em teorias infundadas e acusações sem fundamentos sólidos.

Na publicação feita na última quinta-feira (4), Bolsonaro compartilhou um vídeo em que promove um texto de autoria de Monica Cury, abordando a morte de Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos, que cometeu suicídio no final do ano passado.

O vídeo explora a história de Canedo, vítima de mensagens de ódio nas redes sociais após o perfil 'Choquei' compartilhar uma postagem insinuando um relacionamento entre ela e o humorista Whindersson Nunes. Apesar dos esclarecimentos e da negação da veracidade da informação pelos envolvidos, o perfil de fofocas manteve a publicação, negando irregularidades no caso.

Suposto “Gabinete do Ódio”

Bolsonaro, sem apresentar evidências sólidas, alega que a agência Mynd8, responsável pelo 'Choquei', faz parte de um suposto "gabinete do ódio" vinculado à "esquerda lulista". Além disso, o ex-presidente ainda insinua que a Mynd8 teria atuado irregularmente para favorecer a vitória de Lula nas eleições de 2022, promovendo a campanha do atual presidente.

O texto divulgado por Bolsonaro, assinado por Monica Cury, faz referência à empresa Mynd8 como potencial manipuladora das eleições de 2022, envolvendo supostos crimes eleitorais cometidos com as principais celebridades do país.

Não é a primeira vez que Bolsonaro insinua, sem apresentar provas, a possibilidade de fraude eleitoral em eleições presidenciais. No pleito de 2018, vencido pelo próprio, o ex-presidente chegou a indicar que a eleição teria sido fraudada.

O caso da morte de Jéssica é investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais, e a possibilidade de indução ao suicídio está no âmbito da investigação. Os responsáveis pela página negam irregularidades.

No âmbito político, apoiadores de Bolsonaro no Congresso tentam mobilizar colegas para possibilitar a instauração de uma CPI sobre o tema no primeiro semestre deste ano.

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