O governo brasileiro estuda o envio da embaixadora em Caracas, Glivânia Oliveira, à posse de Nicolas Maduro, que ocorre nesta sexta (10). A medida ocorre após a detenção da líder opositora Maria Corina Machado, o que levou o Palácio do Planalto a reavaliar o gesto diplomático. A decisão sinaliza cautela frente aos recentes acontecimentos na Venezuela.
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Fontes diplomáticas informaram que a embaixada brasileira em Caracas está investigando o caso para obter mais detalhes sobre o episódio envolvendo Corina Machado. Até o esclarecimento das circunstâncias, a participação de Glivânia na cerimônia permanece indefinida.
Proposta
A ideia inicial de enviar a representante era considerada uma tentativa de marcar distanciamento do regime chavista, após o governo de Maduro se recusar a compartilhar as atas eleitorais solicitadas por Brasília. O envio, no entanto, seria visto como um reconhecimento de fato do mandato de Maduro, mesmo com suspeitas de fraudes na eleição de julho.
Apelo de ONGs
A pressão para que o Brasil não envie representantes aumentou após apelos de ONGs lideradas por venezuelanos, que denunciaram abusos e violações de direitos humanos pelo governo Maduro. Esses fatores tornam a decisão do governo brasileiro um delicado equilíbrio entre pragmatismo diplomático e compromisso com a democracia e os direitos humanos.