O Brasil está se preparando para reiniciar a compra de energia elétrica da Venezuela em um prazo de aproximadamente 30 dias. O Ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, está agendando uma viagem à Venezuela, agendada para a próxima segunda-feira, 23, com o objetivo de finalizar as negociações com o governo de Nicolás Maduro. A intenção é importar eletricidade desse país vizinho para atender às necessidades do estado de Roraima.
Essa iniciativa tem a perspectiva de proporcionar vantagens tanto para os consumidores brasileiros, que podem economizar cerca de 120 milhões de reais por ano, como para a estabilidade no fornecimento de energia elétrica na região. Além de suprir Roraima com eletricidade proveniente da Venezuela, o projeto visa aprimorar o abastecimento de óleo diesel para a cidade de Manaus, capital do Amazonas. Isso ocorre devido à atual dependência de Manaus desse combustível para suas usinas térmicas.
Essa ação está em consonância com a estratégia do governo brasileiro de interligar todo o território nacional em seu sistema elétrico e promover a integração energética com os países vizinhos da América do Sul. No passado, o Brasil conseguiu exportar eletricidade para a Argentina e o Uruguai, gerando uma receita de 516 milhões de reais. Esses fundos foram direcionados para a Câmara de Compensação de Energia Elétrica, beneficiando todos os consumidores de energia do país.
O Ministro Silveira enfatiza o compromisso do Brasil em modernizar seu sistema energético, buscando uma integração mais sólida com os países vizinhos da América do Sul, tanto no setor de energia elétrica quanto no de gás. O objetivo é garantir o suprimento de energia com as tarifas mais baixas possíveis, enquanto se mantém a segurança energética.
O ministro assegura que o abastecimento de energia e combustíveis na região Norte do Brasil está sob controle, com estoques de óleo diesel suficientes para garantir o abastecimento, mesmo diante das dificuldades devido às condições de navegação nos rios da região. Medidas estão sendo tomadas para superar essas dificuldades, e o prazo inicial de 30 dias estabelecido para a normalização da situação já está sendo estendido em muitas áreas, à medida que a navegabilidade melhora e mais óleo diesel pode ser entregue aos sistemas isolados da região.