Nesta quinta-feira, dia 24, a Cúpula do Brics revelou sua intenção de expandir o grupo, atualmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Conforme o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, foi acordado que o bloco estenderá convites para a adesão de seis novas nações. Esses países são: Argentina, Egito, Irã, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Durante a realização da 15ª Cúpula dos Chefes de Estado do Brics, que teve início na terça-feira (22) em Joanesburgo, África do Sul, as discussões acerca do convite a novas nações têm sido um tema central. Entre os objetivos fundamentais do encontro está a deliberação sobre a ampliação do grupo.
A previsão é que a cúpula conclua suas atividades ainda nesta quinta-feira. Os países recentemente convidados a aderir ao grupo terão de satisfazer determinadas condições para se unirem ao bloco a partir de 1º de janeiro de 2024. Na quarta-feira (23), a ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, havia antecipado que os representantes das nações integrantes do bloco haviam alcançado um consenso em relação à expansão do grupo. No mesmo dia, os líderes manifestaram seu apoio à decisão.
Após o anúncio da ampliação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou a adesão de novos países, durante discurso, e disse que o bloco "continuará aberto" a novos membros. "O Brics continuará aberto a novos candidatos e, para isso, aprovamos também critérios e procedimentos para futuras adesões", afirmou Lula nesta quinta. "Agora, o PIB do BRICS eleva-se para 36% do PIB global em paridade de poder de compra e 46% da população mundial."
Mais de quarenta nações já expressaram o interesse em se juntar ao Brics, e entre essas, 22 apresentaram formalmente solicitações para integrar o bloco, de acordo com informações fornecidas por autoridades sul-africanas. Além do representante do Partido dos Trabalhadores, a 15ª cúpula do grupo conta com a participação dos chefes de estado Cyril Ramaphosa (África do Sul), Xi Jinping (China) e do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. O líder russo, Vladimir Putin, participa de maneira virtual.