Está em andamento o primeiro depoimento da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas do dia 08 de janeiro. A abertura da série de oitivas ocorre com a presença do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques.
Até o momento, o depoimento está sendo marcado por um bate-boca generalizado, envolvendo parlamentares da Oposição e governistas. A sessão precisou ser interrompida. O embate mais quente ocorreu quando a relatora Eliziane Gama (PSD-MA) questionava o ex-PRF sobre um episódio de agressão a um frentista, caso o qual ele estaria supostamente envolvido.
Com a pergunta, o deputado bolsonarista Éder Mauro (PL-PA) se revoltou, interrompendo a senadora abruptamente. "Está induzindo a testemunha", explicitou. Estridente, a bancada bolsonarista encampou o argumento de Éder Mauro, assim, a relatora respondeu e mandou o deputado calar a boca após ser interrompida mais uma vez: “O senhor não vai cercear a minha voz”.
O presidente do colegiado, o deputado Arthur Maia (União Brasi-BA) sinalizou que não poderá admitir esse nível de comportamento dos parlamentares.
“Não podemos admitir esse nível de comportamento. Não posso aceitar que haja interrupção por parte dos deputados e senadores às palavras feitas aqui na mesa. Quero dizer ao depoente que tem todo o direito de responder ou não aos questionamentos”, cravou após retomar a sessão.
O grupo governista da CPMI alegou que Éder Mauro teria sido designado para 'instalar o casos, sugerindo que seria um plano orquestrado da Oposição para colocar em dúvida os trabalhos desenvolvidos pela Comissão.
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