Câmara de Curitiba aprova moção de apoio a frei Gilson após polêmica nas redes

Vereadores defendem evangelização do sacerdote, alvo de críticas da esquerda; frei ganha milhões de seguidores após embate político

Frei Gilson | Foto: Bruno Marques/Canção Nova
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Câmara de Curitiba aprovou uma moção de apoio “à evangelização promovida” pelo frei Gilson, após a polêmica envolvendo o sacerdote, bolsonaristas e o campo da esquerda. O vereador Bruno Secco (PMB), autor da proposta, justificou que o frei estaria sendo vítima de “diversas mensagens de ódio” nas redes sociais, atribuídas a militantes da esquerda.

Na justificativa, Secco afirmou que a defesa da família, da liberdade, da propriedade privada e da pátria é “suprapartidária e acima de qualquer ideologia”, sendo inerente à fé e doutrina cristãs. O requerimento foi aprovado em sessão na última quarta-feira (12) após votação simbólica, sem debate em plenário.

A polêmica

O nome de Gilson da Silva Pupo Azevedo, o frei Gilson, de 38 anos, ganhou destaque nas redes sociais após declarações polêmicas, como a de que as mulheres foram criadas para “curar a solidão do homem” e a de que “os erros da Rússia” (em alusão ao comunismo) não deveriam assolar o Brasil. O sacerdote, membro da congregação Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo, tem reunido fiéis em transmissões ao vivo durante as madrugadas para rezar ao longo da Quaresma, período que antecede a Páscoa.

Embate nas redes

O embate entre bolsonaristas e o campo da esquerda em torno de frei Gilson ganhou força após uma publicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na noite de domingo (9). Segundo a consultoria Palver, que monitora grupos de WhatsApp e Telegram, o volume de menções ao frei multiplicou-se por dez em dois dias, passando de 5 para 55 menções a cada 100 mil mensagens.

Políticos bolsonaristas com forte presença nas redes, como os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG)Carlos Jordy (PL-RJ), reforçaram o movimento conservador, enquanto parlamentares aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) responderam às críticas.

Crescimento nas redes

A polêmica rendeu frutos ao religioso. Entre a terça-feira de Carnaval e a quinta-feira (13), frei Gilson ganhou 1,35 milhão de seguidores no Instagram710 mil novos inscritos no YouTube (chegando a 6,75 milhões) e 180 mil seguidores no TikTok (totalizando 856,6 mil).

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