Câmara homenageou médico pediatra acusado de estuprar criança; vereador quer retirada

O vereador expressa surpresa e indignação com acusações e relata relatos de vítimas.

Pediatra Fernando Cunha Lima é acusado de cometer abusos sexuais contra crianças. | Reprodução/Câmara
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Durante uma sessão na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) nesta quinta-feira (08/08), o vereador Bruno Farias (Avante) propôs um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para anular a homenagem concedida ao pediatra Fernando Cunha Lima, acusado de cometer abusos sexuais contra crianças.

Em entrevista à imprensa, Bruno Farias expressou sua surpresa e indignação com as acusações, mencionando que a Paraíba foi abalada pelos relatos dos abusos.

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“Tivemos o cuidado de ouvir o relato de algumas dessas pessoas e ficamos absolutamente consternados com aquilo que ouvimos”, declarou o vereador. 

Ele ressaltou que a comenda, que ele próprio havia proposto em 2015, foi baseada em verificações de antecedentes que, na época, não indicaram nenhuma acusação contra o médico. No entanto, diante das novas denúncias, Bruno Farias considera imprescindível revogar a homenagem, em respeito às vítimas e à memória de Ronaldo Cunha Lima.

O caso envolvendo Fernando Paredes Cunha Lima ganhou notoriedade após a denúncia de uma mãe, que afirmou ter flagrado o pediatra abusando de sua filha de 9 anos durante uma consulta em 25 de julho. Segundo o relato, enquanto o médico brincava com a filha caçula, ele abusava da criança mais velha. As autoridades estão investigando o caso, que corre em segredo de justiça.

Após essa denúncia inicial, outras vítimas também vieram à tona, relatando que foram abusadas pelo médico. Na quarta-feira, 07 de agosto, pelo menos mais quatro mulheres compareceram à Delegacia para registrar denúncias contra o pediatra, incluindo duas sobrinhas do suspeito, que afirmam ter sido abusadas por ele na década de 1990.

O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) anunciou a abertura de uma sindicância para investigar o caso. Além disso, a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), onde Fernando Cunha Lima ocupava um cargo de direção, decidiu suspendê-lo de suas funções.

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