Um dia após ser nomeada secretária especial parlamentar, Flávia Morando (União Brasil), ex-candidata à Prefeitura de São Bernardo do Campo, foi exonerada na quinta-feira (31) do cargo na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A informação foi divulgada no Diário Oficial.
Flávia deveria trabalhar no gabinete da tia, a deputada estadual Carla Morando (PSDB), recebendo um salário de R$ 15.941,71. No entanto, a deputada decidiu não prosseguir com a contratação da sobrinha, de 33 anos, temendo que a ação pudesse ser considerada nepotismo pela Procuradoria da Alesp.
Flávia terminou em quarto lugar no 1° turno com 21,38% dos votos válidos (89.276). Durante a campanha eleitoral, ela recebeu o apoio do tio e atual prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB) — marido de Carla Morando.
Orlando indicou a sobrinha para a corrida eleitoral deste ano porque não podia concorrer à segunda reeleição seguida e, pela lei, não pôde também indicar a esposa para concorrer ao cargo de prefeito da cidade.
Antes da indicação política, Flavia Morando administrava o supermercado da família na cidade e não tinha nenhuma experiência na política. Ela é formada em Direito.
Orlando optou por apoiar a sobrinha no 1° turno em detrimento do candidato Marcelo Lima (Podemos) — que foi seu companheiro de chapa e é ex-vice-prefeito de São Bernardo. Lima saiu vitorioso no 2° turno e se elegeu prefeito com 55,74% dos votos (205.831).