O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma, candidata a reeleição fizeram alusãoes à Marina Silva(PSB) durante comício realizado nesta quinta-feira, na comunidade Brasília Teimosa, em Recife(PE). Dilma Criticou que os viram a casaca, e o ex-presidente disse que a "nova política", expressão usada por Marina, é Dilma.
Em seu discurso no comício, para uma plateia de militantes do PT, a presidente saudou os políticos presentes ao palanque. Além de Lula, estavam, entre outros, o deputado Armando Monteiro (PTB-PE), candidato ao governo estadual com apoio do PT; o ex-prefeito do Recife João Paulo, candidato ao Senado; o senador Humberto Costa (PT-PE), além de três ministros – Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário), Francisco José Coelho Teixeira (Integração Nacional) e Thomas Traumann (Comunicação Social).
No início de sua fala, Dilma afirmou que os aliados têm compromisso com o pré-sal no país, reproduzindo ataque indireto que tem feito a Marina Silva em sua propaganda eleitoral.
"Neste palanque, estão os que têm compromisso com o pré-sal, que acham que o pré-sal é importante para o futuro deste país. Aqui, estão as pessoas que não mudam de lado, que não viram a casaca, que não dizem uma coisa hoje e outra amanhã", disse.
Marina, que foi do PT até 2008, deixou o governo Lula quando era ministra do Meio Ambiente para se filiar ao PV e concorrer pela primeira vez à Presidência em 2010, quando conseguiu 19,6 milhões de votos.
Sem citar o nome de Marina, Dilma depois voltou a falar da importância do pré-sal, que – segundo afirmou a presidente noutra ocasião – foi contemplado com apenas "uma linha" no programa de governo da adversária.
"Todos aqueles que colocam o pré-sal sob suspeição, que falam que o pré-sal não tem que ter prioridade, que falam que é uma estratégia errada, não querem que este país mude a educação, pague melhor os professores, creche e educação em tempo integral para nossos jovens e nossas crianças", afirmou a petista.
Dilma também fez referência à necessidade de superar a "cara-de-pau". Segundo ela, "a verdade vai vencer a mentira, a desinformação e a cara-de-pau – porque tem muita cara-de-pau por aí”.
Dilma ainda utilizou a expressão "Não vamos desistir do Brasil", do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente aéreo no último dia 13, para dizer que sempre acreditou no país.
"Não desisti dele nem mesmo quando fui presa e torturada durante o regime militar. Este país é muito maior que um bando de ditadores. Este país tem uma vantagem agora: encontrou o seu rumo", disse.
Em seu discurso, Lula usou expressões utilizadas pelos adversários Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva para criticá-los, mas sem mencioná-los.
“Ontem à noite vi o seu adversário num debate na televisão”, disse Lula, dirigindo-se a Dilma, em referência a Aécio Neves.
“Ele tem uma palavra mágica [...]. Mas esse rapaz, pergunta para ele ‘como é que tá o sapato?’. ‘Previsibilidade’. ‘Como é que tá as calças?’. ‘Previsibilidade’. ‘Como é que tá o cabelo?’. ‘Previsibilidade’. Ele resolve tudo com 'previsibilidade'. A única previsibilidade que tem é que ele já está fora da disputa eleitoral em 2014”, disse Lula.
Nas últimas semanas, Aécio, em terceiro lugar nas mais recentes pesquisas de intenção de voto, tem reiterado em entrevistas e propagandas eleitorais que pretende governar com “previsibilidade”. Segundo ele, esta seria uma forma de garantir estabilidade econômica e confiança na sua gestão.
Em relação à candidata do PSB, Marina Silva, Lula fez referência a ela citando "pessoas que falam" em “nova política”, uma das principais bandeiras de campanha de Marina. A presidenciável tem aparecido nas últimas pesquisas eleitorais tecnicamente empatada com Dilma no primeiro turno e na frente no segundo.
“Estou vendo algumas pessoas falarem a palavra 'nova política'. E a pessoa já foi vereadora, deputada estadual, federal, senadora. Se tem uma pessoa que é a nova política no país é a Dilma, que nunca foi política neste país”, declarou Lula
Ministérios
No discurso, Lula defendeu ainda a quantidade de ministérios no atual governo. As 39 pastas da gestão Dilma têm sido um dos principais pontos questionados pelos adversários da presidente na disputa eleitoral. Aécio Neves e Marina Silva já afirmaram que, se eleitos, reduzirão a quantidade de pastas no governo.
Lula defendeu ministérios como o da Pesca, o da Micro e Pequena Empresa e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.
“Dizem que eu tinha muito ministério, 30 ministérios. Tem gente que fala que vai resolver o problema do Brasil diminuindo. Não precisa fazer isso. Sempre teve menos ministério. É por isso que não funcionava”, declarou.
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