Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), em pronunciamento durante sessão nesta quarta-feira (30), falou sobre o que chamou de 'grave momento' político e , mesmo sem citar pedidos de intervenção militar ocorridos durante a greve dos caminhoneiros que ainda segue em alguns estados, foi enfática ao afirmar: 'democracia é único caminho legítimo'.
"Também as democracias vivem crises", disse Cármen. "Mas dificuldades se resolvem com a aliança dos cidadãos, e a racionalidade, objetividade e trabalho de todas as instituições, de todos os poderes. A democracia não está em questão [...] Não há escolha de caminho. A democracia é o único caminho legítimo", completou.
Sem citar a greve, presidente do STF argumenta que "o direito brasileiro oferece soluções para o quadro vivido pelo povo". E continuou ao ressaltar que a sociedade não pode esquecer o passado de "regimes sem direitos", em possível referencia aos pedidos de intervenção militar.
E acrescenta:"Não temos saudade senão do que foi bom na vida pessoal e em especial histórico de nossa pátria. Regimes sem direitos são passados de que não se pode esquecer, nem de que se queira lembrar".
A ministra ainda defendeu o respeito aos direitos fundamentais do cidadão. "Há de se ter serenidade, mas também rigor no cumprimento e respeito aos direitos, especialmente os direitos fundamentais. Há de ter seriedade e também manter a esperança", afirmou.
A ministra também pregou o combate "incansável" à corrupção. "Há de se cuidar dos direitos e também garantir os serviços e o incansável combate à corrupção", disse