Carvalho: ministério de Palocci perdeu PAC, mas não importância

Carvalho também afirmou que a presidenta eleita pediu que a alerte sobre dificuldades

Ministro Antonio Palocci | Divulgação
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O futuro secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou neste sábado que a Casa Civil, pasta que será ocupado pelo ex-ministro Antônio Palocci no governo de Dilma Rousseff, manterá a importância embora tenha perdido a gestão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que será repassada ao Ministério do Planejamento. "A Casa Civil continua como coordenadora interna do governo. O dia a dia dos ministérios, o processo de tocar o governo permanecerá centralizado na Casa Civil", disse.

Carvalho também afirmou que a presidenta eleita pediu que a alerte sobre dificuldades e lhe diga a verdade nos momentos difíceis. Ele disse que Dilma usará a capacidade de manter a coesão e de trabalhar em equipe para compensar a falta de carisma em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Se ela (Dilma) não tem o mesmo carisma desse Pelé da política que é o presidente Lula, ela tem muita competência de gerenciamento, com forte capacidade de gestão e de trabalho em equipe", disse Carvalho, atualmente chefe de gabinete de Lula.

De acordo com Carvalho, Dilma pediu que, na Secretaria-Geral, ele funcione como "sensibilizador" das demandas sociais, ouvindo as reivindicações dos movimentos e levando as cobranças e sugestões para a presidente.

Carvalho disse que a campanha eleitoral aproximou Dilma do povo e mostrou que a presidente eleita consegue dialogar com a sociedade. "O contato com o povo se deu à medida que a campanha se desenvolveu. Ela se revelou capaz desse diálogo, dessa acolhida, desse afeto, ainda que não tenha o carisma de Lula".

O novo secretário-geral disse que recebeu o convite de Dilma numa reunião na Granja do Torto. Os dois tinham se encontrado para discutir uma carta que a presidenta eleita escreveu ao papa Bento XVI e que Carvalho levará ao Vaticano. "Ela me pediu que sempre diga a verdade quando as coisas estiverem difíceis e a alerte de todos os problemas", afirmou.

Para Carvalho, a relação com os movimentos sociais não será fácil, mas é necessária para manter um governo democrático de fato. "O diálogo sempre é tenso. Afinal, são demandas importantes e muitas vezes acumuladas durante anos, até séculos", afirmou. A Secretaria-Geral da Presidência da República é responsável pela articulação do governo com as entidades sociais, organizando reuniões e conferências.

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