O caseiro sabia que sua iniciativa poderia colocar obst?culos na busca por emprego. Acreditou nas promessas feitas na ?poca do esc?ndalo. ?Prometeram emprego. O Antero falou que ia me ajudar depois, para eu seguir minha vida?, conta.
Procurado pelo Correio, Antero nega qualquer promessa, mas sai em defesa de Francenildo. ?Nunca tivemos conversa sobre isso. Eu fui procurado por ele naquela ?poca. Nem sabia de sua exist?ncia?, diz. ?Agora, eu acho que o Francenildo tem que ser respeitado. E as pessoas precisam ajud?-lo a sair dessa situa??o. Ele n?o pode ser discriminado por ser honesto?, diz.
Enquanto isso, Palocci evita tocar no assunto da quebra do sigilo do caseiro. Desde que saiu a den?ncia da Procuradoria-Geral, tem evitado a imprensa. Procurado pela reportagem, n?o foi encontrado. O ex-ministro tem atuado com discri??o nesse caso. Prefere o sil?ncio.
O hoje deputado Antonio Palocci (PT-SP) pediu demiss?o do Minist?rio da Fazenda no dia 27 de mar?o de 2006. Ent?o todo-poderoso do governo do presidente Luiz In?cio Lula da Silva, Palocci n?o resistiu ? press?o depois da quebra do sigilo banc?rio de Francenildo dos Santos Costa.
Era o fim de uma crise que come?ou meses antes, quando a CPI dos Bingos passou a investigar den?ncias de irregularidades na prefeitura de Ribeir?o Preto, que j? foi comandada por Palocci. Aliados do ex-ministro foram ? CPI depor sobre as suspeitas de esquemas fraudulentos na cidade.
Entre eles, estavam Rog?rio Buratti e Vladimir Poleto, respons?veis pelo aluguel de uma casa no Lago Sul em Bras?lia, onde reuniam lobistas. ? CPI, Buratti confirmou que houve corrup??o na prefeitura de Ribeir?o. Recentemente, ele mudou a vers?o. E o Senado entrou com uma queixa-crime contra Buratti.
Na ?poca do esc?ndalo, Palocci negava qualquer visita ? mans?o alugada por seus aliados. Foi quando apareceu o caseiro, confirmando que o ent?o ministro da Fazenda aparecia no local.