A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta terça-feira (24), por 21 votos a 6, além de uma abstenção, a recondução de Augusto Aras para o cargo de procurador-geral da República.
Para ficar mais dois anos à frente do Ministério Público, Aras ainda precisa ter o nome aprovado pelo plenário principal do Senado. A votação é secreta e o indicado precisa de, pelo menos, 41 votos favoráveis, para ser reconduzido.
Aras foi indicado para a PGR pela primeira vez em 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, o nome dele não figurou entre os três mais votados da lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
Em julho deste ano, o presidente Jair Bolsonaro indicou Aras para um novo mandato à frente do Ministério Público Federal. Mais uma vez, a lista tríplice da ANPR foi ignorada por Bolsonaro.
De acordo com a Constituição, cabe ao Senado sabatinar e votar os indicados para a chefia do Ministério Público.
A sabatina de Aras durou cerca de seis horas. Aos senadores, o procurador disse não ter alinhamento ao presidente Jair Bolsonaro, fez críticas indiretas ao antecessor no cargo, o ex-procurador-geral Rodrigo Janot; afirmou não criminalizar a política; criticou também vazamentos, a força-tarefa da Lava Jato e a espetacularização de inquéritos.