A defesa do governador afastado do Distrito Federal disse, nesta segunda-feira (23), que o telefone celular de Ibaneis Rocha (MDB) foi entregue à Polícia Federal (PF) no início da tarde. Ibaneis foi alvo de uma operação da Procuradoria-Geral da República na última sexta-feira (20).
O governador afastado e o ex-secretário executivo da Segurança Publica do DF Fernando de Souza Oliveira são investigados no inquérito do Ministério Público Federal que apura a conduta de autoridades de Estado que se omitiram durante a invasão dos 3 Poderes, no dia 8 de janeiro.
mandados de busca e apreensão no Palácio do Buriti, na casa e no escritório de advocacia de Ibaneis, na residência de Oliveira e na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP). O governador afastado estava em uma fazenda, no Piauí, e voltou à capital neste domingo (22).
Os investigadores cumpriramO advogado de Ibaneis, Cleber Rocha, confirmou ao g1 que o telefone celular do governador afastado foi entregue aos investigadores. Na sexta, as defesas de Ibaneis e do ex-secretário negaram qualquer envolvimento deles nos atos terroristas.
"A defesa do Governador Ibaneis Rocha, em mais uma demonstração de boa fé, compareceu hoje à sede da PF em Brasília e entregou o telefone celular usado pelo chefe do Poder Executivo do DF, para que seja feita a perícia. A defesa ainda esclarece que disponibilizou a senha", disse Cleber.
INTERVENÇÃO E AFASTAMENTO DE IBANEIS
No domingo (8), após os atos terroristas em Brasília, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal na área de segurança pública do Distrito Federal para manter a ordem pública. Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública foi nomeado interventor.
Na madrugada de segunda-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu afastar o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha do cargo por 90 dias. Na quarta-feira (11), por 9 votos a 2, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve o afastamento de Ibaneis, por 90 dias, em decorrência do vandalismo.