A Controladoria-Geral da União (CGU) está investigando 20 ONGs técnicas que receberam um total de R$ 515 milhões em emendas parlamentares entre 2020 e 2024. O Órgão examina o uso desses recursos, a capacidade das instituições e da transparência nas contratações. A investigação atende a uma determinação do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), para uma auditoria abrangente em diferentes tipos de emendas parlamentares, incluindo as chamadas de emendas Pix.
algumas das ongs beneficiadas
Entre as ONGs investigadas está a Associação Moriá, que recebeu R$ 20,3 milhões em emendas parlamentares para projetos de jogos educacionais digitais, com recursos de políticos como o senador Izalci Lucas (PL-DF), a deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania- DF) e a ex-deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC).
Além disso, duas outras ONGs, o Instituto de Gestão em Desenvolvimento Social e Urbano e a Liga dos Blocos de Micareta e Carnaval (Liblomica), localizadas em Santana, no Amapá, receberam cerca de R$ 3 milhões cada uma em emendas Pix. A prefeitura da cidade informou que as entidades foram determinadas por chamada pública, respeitando os trâmites legais, e que os recursos foram aplicados conforme o planejamento das secretarias locais, aprovado pelo Comitê Gestor.
A CGU planeja concluir as auditorias nos próximos dias e entregar os resultados ao STF. O ministro Flávio Dino indicou que, em 2025, deverá propor aos demais ministros uma análise sobre a compatibilidade do montante das emendas parlamentares com a separação dos Poderes, citando o aumento significativo dessas emendas durante o governo Bolsonaro, que saltaram de R$ 13,8 bilhões em 2019 para quase R$ 52 bilhões em 2024.
Para mais informações, acesse meionews.com