CGU identifica R$ 1,97 bi em auxílios pagos indevidamente no governo Bolsonaro

Órgão diz ter identificado irregularidades em auxílios dados a caminhoneiros e taxistas.

CGU identifica R$ 1,97 bi em auxílios pagos indevidamente por Bolsonaro | Reprodução
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A Controladoria-Geral da União (CGU) anunciou hoje, 22 de setembro, os resultados das auditorias referentes aos benefícios instituídos pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) em 2022. De acordo com a CGU, constatou-se um pagamento indevido no valor de R$ 1,97 bilhão, relacionado aos auxílios destinados aos taxistas e caminhoneiros.

Irregularidades em benefícios pagos pelo governo Bolsonaro em 2022: 246 mil taxistas receberam benefícios de forma irregular, totalizando R$1, 4 bilhão e 110 mil caminhoneiros, com o montante de R$582 bilhões.

Além disso, a auditoria revelou que a Caixa Econômica Federal descontou de forma imprópria um total de R$ 8,4 milhões de 46,8 mil famílias beneficiárias do programa Auxílio Brasil. Segundo a CGU, essas famílias tiveram valores descontados sem terem realizado contratos de empréstimo consignado com o banco, uma opção disponibilizada pela administração Bolsonaro a partir de outubro de 2022.

A CGU também identificou que 5,1 mil famílias contraíram empréstimos que excederam o limite permitido para comprometimento do valor do benefício (o teto estabelecido era de 40%).

Vale ressaltar que durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o programa de transferência de renda "Auxílio Brasil" voltou a ser denominado "Bolsa Família".

Conforme a análise do controlador-geral da União, Vinicius de Carvalho, a gestão Bolsonaro fez um uso "deturpado" e inapropriado dos programas sociais durante o período eleitoral do ano passado.

“O que me parece claro é que houve, sim, um uso desses auxílios de maneira inadequada durante o período eleitoral. Seja pela concentração como do ponto de vista do completo descuido com o desenho do programa e com as pessoas que iam se inserir no programa”, disse Carvalho, em entrevista.

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