Quatro militares e um policial federal foram presos na terça-feira (19) em uma operação da Polícia Federal, acusados de planejar o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes (STF). Segundo dados do Portal da Transparência, todos os envolvidos recebem acima de R$ 20 mil. O general da reserva Mário Fernandes, um dos principais nomes da operação, ganhou mais de R$ 48 mil mensais até março de 2024, somando aposentadoria e salário como assessor parlamentar.
Fernandes acumulou sua aposentadoria como militar, de R$ 33,2 mil, com o salário de R$ 15,6 mil como assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ). Já os tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra de Azevedo, Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima, também presos, receberam R$ 27,4 mil brutos cada. O policial federal Wladimir Matos Soares, da classe especial da PF, tem um salário médio de R$ 20,3 mil, embora o Portal da Transparência não divulgue os salários dos policiais.
O coronel reformado Reginaldo Vieira de Abreu, conhecido como "Velame", recebeu R$ 28,3 mil mensais na reserva do Exército. Ele também é investigado na operação Contragolpe, que apura uma trama para sequestrar e assassinar autoridades. A operação foi deflagrada pela PF contra militares suspeitos de conspirar contra a democracia e a segurança nacional.
“Punhal Verde e Amarelo”
O plano do grupo, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, teria sido executado em 15 de dezembro de 2022, conforme apuração da investigação. As prisões ocorreram em diferentes locais, com Ferreira Lima sendo detido no Aeroporto do Galeão, Bezerra Azevedo preso no Rio de Janeiro durante o G20 e Martins de Oliveira em Brasília, onde já havia sido preso anteriormente e estava usando tornozeleira eletrônica.
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