Chips de carros vão substituir radares em São Paulo

Ele citou como exemplo um problema qualquer de trânsito na marginal Tietê que congestione a via

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A instalação de chips nos mais de 6 milhões de veículos de São Paulo, com início previsto para 2011, vai substituir os radares e facilitar a orientação do trânsito.

De acordo com o secretário municipal dos Transportes, Alexandre de Moraes, praticamente 100% dos cerca de 15 mil km de vias da cidade serão mapeados com as antenas que captam os sinais dos chips. Hoje, apenas 8,5% das vias têm monitoramento e fiscalização.

"Com essas antenas, não haverá necessidade mais de instalação de novos radares, porque elas poderão funcionar como radares para velocidade, para leitura automática de placas, para determinar que numa determinada via naquele momento só possam passar caminhões", afirmou.

Ele citou como exemplo um problema qualquer de trânsito na marginal Tietê que congestione a via. Se os técnicos acharem necessário isolar duas faixas apenas para caminhões, deixando as demais para os carros, a medida poderá ser feita automaticamente. Hoje, isso só é possível se houver uma reprogramação de todos os radares da marginal para identificar a irregularidade.

Moraes disse também que a tecnologia vai permitir que as blitze sejam feitas com menos interferência de trânsito.

"Hoje, quando tem uma blitz, há necessidade daquele afunilamento, de ir parando carro por carro. Esse sistema, já com uma distância razoável, vai apontar qual é o veículo que está irregular, seja irregularidade administrativa ou irregularidade penal, veículo furtado ou roubado", disse o secretário.

Segundo ele, não existe possibilidade de violação de sigilo com a nova tecnologia. "Não há a mínima possibilidade de o operador que verifica o tráfego de veículos saber instantaneamente qual é o proprietário daquele veículo. Há uma série de codificações. Esse é um ponto para a população ficar absolutamente tranquila."

A licitação para a contratação do serviço será realizada em 2010. A empresa contratada, por parceria público-privada ou concessão, terá de comprar e instalar os chips, as antenas e todo o sistema de monitoramento que vai disponibilizar os dados para os órgãos de fiscalização -CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), SPTrans e Polícia Militar.

Moraes afirmou que o custo de instalação dos chips vai ser bancado pela prefeitura.

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) reconheceu que a tecnologia dos chips permitirá a instalação de pedágios urbanos, mas afirmou que em São Paulo isso não vai ocorrer. "Nas cidades que quiserem implantar o pedágio, é evidente, é uma tecnologia que pode ser usada. Na cidade de São Paulo, não haverá pedágio urbano", disse.

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