Cigarro eletrônico causa câncer e dependência, alerta Flávio Nogueira

Consumo de cigarro é responsável pela elevação dos gastos com saúde pública, já que mais de R$ 150 bilhões são gastos por ano no tratamento de doenças ligadas ao tabagismo.

Deputado chama a atenção para os avanços do cigarro eletrônico | Divulgação
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O deputado federal Flávio Nogueira (PT/PI), que é médico pneumologista e cirurgião torácico, fez alerta, na Câmara dos Deputados, sobre os riscos do tabagismo e, em especial, sobre o avanço do cigarro eletrônico, os chamados “vapes”. O alerta ocorreu durante o ato solene em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Tabaco.

Perigo

“Um a cada quatro jovens brasileiros de 18 a 24 anos já utilizou cigarro eletrônico pelo menos uma vez. Esse número projeta um horizonte preocupante para a saúde pública”, avaliou. Segundo o parlamentar, o “vape” pode ser mais nocivo do que o cigarro comum, já que o produto carrega, além da nicotina, outras substâncias prejudiciais à saúde.

Ilegalidade

De acordo com o deputado, os cigarros eletrônicos entram no Brasil de forma ilegal, via contrabando, já que esses produtos são proibidos no país. “Não há qualquer regulação ou controle dos ‘vapes’. Nem as pessoas que usam os cigarros eletrônicos têm conhecimento das substâncias que compõem os produtos. Um cenário que exige ações mais enérgicas do Estado no combate e mais campanhas de esclarecimento sobre os males causados pelos ‘vapes’”, observou Flávio Nogueira.

Falsa ideia

Flávio Nogueira destacou que existe no imaginário coletivo uma falsa ideia de que os cigarros eletrônicos não são tão noviços à saúde. 

“É uma mentira que só favorece o aumento do consumo. Está provado que os ‘vapes’ causam dependência igual os cigarros tradicionais, interferindo na saúde e no tempo de vida. Os cigarros eletrônicos causam câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares e outras enfermidades que podem evoluir para a morte”, sentenciou o deputado.

Panorama do tabagismo

Durante o ato solene em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Tabaco, diante de vários especialistas da área médica, Flávio Nogueira apresentou um panorama sobre os danos gerados pelo consumo de tabaco, incluindo os cigarros tradicionais e os “vapes”. “A OMS contabiliza, no mundo, 1,3 bilhão de usuários de tabaco, que é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano, sendo que 1 milhão de vítimas são pessoas não fumantes expostas ao fumo passivo, incluindo 65 mil crianças”, lamentou o deputado.

Fumo mata 433 pessoas por dia

Flávio Nogueira enfatizou que, diariamente, só no Brasil, morrem cerca de 443 pessoas por causa do fumo. “São mais de 160 mil mortes por ano”, pontuou. Além do custo social, com a perda de vidas, ele lembrou que o consumo de cigarro é responsável pela elevação dos gastos com saúde pública, já que mais de R$ 150 bilhões (cerca de 1,55% do PIB nacional) são gastos por ano no tratamento de doenças ligadas ao tabagismo.

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