As declarações do petista Nazareno Fonteles repercutiram durante todo o dia de ontem. Membros da base aliada e até mesmo petistas comentaram as declarações, definidas como "precipitadas". O deputado federal Ciro Nogueira Filho (PP) chegou a afirmar que as declarações do petista desarticula a base, provocando reações que podem vim a favorecer a oposição.
O progressista lembrou que declarações como essas dadas pelo petista Nazareno, não devem existir pois desagrega a base. "O Nazareno espalha brasa e não contribui com nada", opina, acrescentando que não deve haver mágoas por conta da derrota nas eleições de 2008.
Entretanto, Nogueira destacou que as últimas declarações, mostrando descontentamento de alguns membros da base aliada, é uma demonstração clara de que a escolha do nome deve ser definida logo, obedecendo os critérios. O progressista lembrou que as eleições de outubro seriam difíceis já que tem como oposição o prefeito Sílvio Mendes, definido pelo parlamentar, como "um candidato forte e com apelo popular". "Com a base unida já era difícil. O Sílvio é um forte candidato e esse nome deve ser escolhido logo", assinala, ressaltando que, "seria um erro grave" a base lançar dois nomes. "É um erro, porque divide e fortalece a oposição, que vem despontando bem nas pesquisas", justifica.
Reação petista ? As reações vieram também dos membros do próprio Partido dos Trabalhadores. A deputada Flora Isabel, por exemplo, frisou que o "discurso desagregador" não pode existir na base e propôs a realização de uma reunião da executiva petista para unificar os discursos. "Nós petistas, precisamos conversar mais para referendar a posição do governador como coordenador do processo e definir se nomes serão ou não vetados pelo partido", analisa.
Flora destacou que as declarações de Fonteles parecem trazer resquícios das eleições municipais de 2008 e que isso não deve acontecer na base. "Porque isso dificulta as composições de alianças futuras", argumenta, acrescentando que as palavras de Nazareno Fonteles não refletem posicionamento partidário. "São posições individuais. Tem que ser uma resolução partidária, com alinhamento de discursos para evitar feridas e constrangimentos para quem está conduzindo o processo", assinala. (M.M)