Ciro Nogueira diz que Calheiros não conseguirá incriminar Bolsonaro

O senador piauiense disse que o relator da CPI foge do principal tema: a apuração de desvios na pandemia.

Ciro Nogueira deu entrevista ao Jogo do Poder | Reprodução
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Integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, o senador Ciro Nogueira (Progressistas) foi o entrevistado do Jogo do Poder desta quarta-feira (12). Na ocasião, o parlamentar rebateu as declarações do relator Renan Calheiros, que afirmou que ele pode perder sua credibilidade com a atual postura de defesa ao presidente Jair Bolsonaro. 

"O Renan (Calheiros) é uma pessoa que eu respeito, mas é uma pessoa que estava num certo ostracismo e agora voltou com uma narrativa totalmente errada, que já está com um relatório totalmente pronto, que tenta criminalizar o presidente da República. Algumas narrativas já caíram por terra, ele é um querido amigo, mas a ambição dele é inglória e não vai conseguir criminalizar o presidente, nem livrar o desvios dos governadores".

Vacinação 

Aliado do presidente Jair Bolsonaro, Nogueira verbalizou que até o final do ano toda a população será vacinada contra a Covid-19. 

"Todas vacinas foram pagas e compradas pelo Governo Federal, eu tô doido para que liberem essa Sputnik, quero ver qual o percentual que ele (Wellington Dias) vai comprar. Quem vai imunizar a população brasileira é o presidente Bolsonaro, estamos trabalhando, não tenho dúvida que teremos até o final do ano 500 milhões de vacinas e teremos toda a população vacinada". 

Sonho de ser governador

Ciro Nogueira pontuou que só não será candidato em 2022, caso a população não demonstre essa vontade. Para ele, é um sonho ser governador do Piauí. 

"É meu sonho governador o meu Estado. Escolhi a residência do meu pai para fazer o anúncio por causa das árvores, minha raiz está fincada no Piauí, e sei que tenho trabalhado muito para o país, mas para mim em primeiro é o Piauí, segundo é o Piauí e terceiro é o Piauí". 

Ruptura com Wellington Dias

Ciro Nogueira pontuou os motivos da ruptura com o governador Wellington Dias. "2010 meu candidato era o JVC, se tivesse ganhado aquela eleição meu partido era outro; fizemos uma aliança e tivermos juntos em duas eleições, aí já não para dizer quem ajudou mais, se fui eu ou foi o governador, o que acontece é que desde a campanha eu dizia que nós não tínhamos mais compromisso com o erro, não precisávamos ter uma acomodação poítica que não priorizássemos a população, entreguei uma carta ao Wellington que diminuísse o número de Secretarias, enxugasse a máquina administrativa, e chegamos no ano passado em que o governador optou pelo rompimento, se fosse por mim não teríamos rompido. Ele sempre coloca o PT acima do povo do Piauí e não vai mudar nunca".

Ciro Nogueira concede entrevista ao Agora, da Rede Meio Norte 

Ocupação de postos na gestão Pessoa

O presidente nacional do Progressistas sintetizou que não há a possibilidade da legenda ocupar cargos na gestão do atual prefeito da capital, Dr Pessoa ((MDB). 

"Chance zero. No mandato do Dr Pessoa não vamos ocupar nenhum cargo por indicação do nosso partido, e será repreendido qualquer membro do nosso partido se optar por ocupar um cargo na gestão dele por decisão pessoal. Não precisa o Dr Pessoa entregar nenhum cargo para nós ajudarmos, não precisa de cargos, é uma visão muito errada". 

Ciro  Nogueira diz que tem o sonho de governar o PiauíPrejuízos no Piauí com apoio ao Bolsonaro

Na entrevista, Ciro foi lembrado que no Piauí o atual presidente Bolsonaro teve menos de 25% dos votos válidos no segundo turno, sendo questionado se não teme um prejuízo em sua provável candidatura com o apoio conferido ao líder da República, tendo em vista ainda a chance de Lula se lançar no pleito presidencial de 2022. 

"O presidente Lula é um homem que tenho uma admiração pelo trabalho que fez, mas é um presidente que vem para candidatura sem o apoio do Brasil, o presidente Lula está vencendo nas pesquisas que tenho no Estado, mas a minha intenção de votos é maior que a do Lula, e o candidato do governador tem 2%, lógico que são coisas que ninguém vai ganhar de 60% a 2%, vai ser sempre uma eleição apertada, mas acho que a população vai saber separar, a atuação de um governador que queira fazer o melhor ao seu Estado, encerrar esse ciclo, trazer desenvolvimento, que traga credibilidade, tem uma série de situações que acredito que só no decorrer da campanha vai se destrinchar. A população nas pesquisas que tenho quer encerrar de forma definitiva a atuação do PT no comando do Governo do Piauí". 

Assista a entrevista na íntegra:

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