Metade da bancada do RS vota contra data nacional para Ação Climática

Negacionistas tentam boicotar Projeto de Lei mas sofrem derrota; Deputado do Piauí também foi contra!

A Câmara Federal aprovou nesta quarta,12, por 273 votos a 136, o Projeto de Lei que transforma o 27 de abril, o Dia Nacional para a  Ação Climática. Apesar da escolha da data fazer referência ao início das chuvas que originaram a tragédia do Rio Grande do Sul, metade da bancada gaúcha se posicionou contrária.. “A proposta é também uma forma de não esquecermos de todas as mortes causadas pela (in)ação humana com relação às mudanças climáticas em todo o País”, afirma a autora da proposta, a deptada federal Duda Salabert.

A maioria dos deputados que votaram contra o Projeto de Lei são ligados ao ex-presidente Bolsonaro. Do Rio Grande do Sul, por exemplo, aparecem nessa relação,o deputado Osmar Terra (MDB), conhecido negacinista da Covid19 e defensor da teoria da "Terra Plana". Além de Bibo Nunes e Zucco, ambos do PL. A lista de votantes também revela que, pelo menos um parlamentar da bancada do Piauí também foi contrário ao PL que busca a concientização de governantes e da sociedade civil quanto aos riscos das mudancás climáticas e a necessidade de elaboração de políticas de prevenção de desastres. trata-se de Júio Arcoverde (PP)

A proposta vai muito além de mais ma data "comemorativa". O PL 2215/24 prevê que as ações deverão ser desenvolvidas por todas as escolas de ensino básico (educação infantil, ensino fundamental e médio), sejam públicas ou privadas.Proposta prevê ações como treinamento nas escolas sobre fuga em enchentes e combate a incêndio. Nesse dia, também estáo previstas ações preventivas em todo o Território Nacional. Dados do Observatório dos Desastres Naturais da Confederação Nacional de Municípios (CNM) estimam  que, em uma década, os  desastres naturais causaram prejuízo de R$ 401,3 bilhõesao país.

A parlamentar conta que se inspirou na longa experiência japonesa de preparação para desastres como terremotos e tsunamis. Nesse sentido, o texto estabelece que as atividades serão compostas por treinamentos e exercícios focados no planejamento, na preparação e na execução de ações preventivas, mitigadoras e adaptativas.As atividades levarão em conta a idade e a capacidade cognitiva dos estudantes e deverão ioncluir

  • atividades de simulação sobre como proceder em caso de inundação urbana;
  • atividades de evacuação em geral, usando sistemas de alarme, aplicativos e outros meios;
  • atividades de simulação de deslizamentos de terra; e
  • atividades práticas de combate a incêndios.
  • As escolas também poderão elaborar mapas com as áreas de riscos de eventos extremos, mesmo com ferramentas visuais; atividades de educação ambiental e climática para os alunos compreenderem o contexto de emergência climática; atividades de primeiros socorros; e memorização de números de emergência, como bombeiros, Defesa Civil e Polícia Militar.

    Com informações da  Agência Câmara de Notícias

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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