Condenação de João Paulo Cunha é um golpe, diz presidente do PT

O líder petista relatou sentimentos de angústia e a preocupação no PT.

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O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, disse nesta segunda-feira, 3, que houve um golpe da oposição "conservadora, suja e reacionária" pela mídia e pelo poder Judiciário para destruir o partido na condenação do deputado federal João Paulo Cunha (PT) no julgamento do mensalão. Falcão discursou em Osasco, no ato de lançamento do substituto de João Paulo na disputa pela prefeitura da cidade - o ex-secretário municipal de Governo Jorge Lapas (PT). E avisou: "Não mexam com o PT, porque quando o PT é provocado, ele cresce, reage."

O líder petista relatou sentimentos de angústia e a preocupação no PT na semana passada, quando João Paulo renunciou à candidatura após ser condenado por corrupção passiva, peculato duas vezes e lavagem de dinheiro no Supremo Tribunal Federal. "Um golpe grande, que faz parte de uma ação daqueles que foram derrotados nas urnas três vezes seguidas na Presidência da República, mas insistem em querer nos derrubar e nos destruir", disse o parlamentar.

Falcão também afirmou que os opositores não aceitam as políticas dos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff; e que, por isso, "lançam mão de instrumentos de poder que ainda dispõem: a mídia conservadora e o judiciário". "Essa elite suja, reacionária não tolera que um operário tenha mudado o País, que uma mulher dê continuidade a esse projeto, mostrando que o preconceito que atingia as mulheres não sobrevive mais", bradou o dirigente petista.

Além dele, líderes do partido como os deputados estaduais Edinho Silva - também presidente do PT paulista - e Ênio Tatto, e o prefeito de Osasco, Emídio de Souza (PT), também mencionaram a condenação em discurso. Nenhum citou o nome de João Paulo, que não foi ao ato.

Padrinho político de Lapas, o prefeito de Osasco, Emídio de Souza (PT), anunciou nesta segunda-feira que pedirá o afastamento do cargo até o fim das eleições para se dedicar em tempo integral à campanha de Jorge Lapas (PT). Emídio afirmou que enviará nesta terça-feira um comunicado de licenciamento da prefeitura à Câmara Municipal. Ele já vinha participando de atos, inaugurações de comitês e carreatas desde o início da campanha, em julho. Antes, recebia o então pré-candidato, deputado João Paulo Cunha (PT), em agendas oficiais da prefeitura. Depois de o deputado João Paulo ter sido condenado no julgamento do mensalão e renunciado à disputa, o prefeito se tornou o principal articulador político do PT. E sustentou que Lapas, seu ex-secretário de Obras e Transportes, e de Governo fosse o substituto, mesmo sem nunca ter disputado uma eleição.

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