O governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), o vice, Rodrigo Garcia (DEM), deputados estaduais e federais e senadores eleitos no estado foram diplomados nesta terça-feira (18) em uma cerimônia realizada na Sala São Paulo, no Centro da capital paulista. Houve confusão entre os parlamentares eleitos e a cerimônia chegou a ser interrompida por cerca de 20 minutos.
Jesus dos Santos, integrante da bancada coletiva encabeçada pela deputada estadual eleita Mônica Seixas, do PSOL, subiu no palco no momento da diplomação e foi impedido por seguranças. Ele queria participar da foto com o documento.
O parlamentar foi agarrado e puxado à força para fora do palco. Quando estava sendo retirado, a plateia gritou "fascistas não passarão". Além dos seguranças, o deputado federal eleito Alexandre Frota (PSL) também impediu Jesus de se juntar aos demais parlamentares.
Policiais militares, jornalistas e demais participantes subiram ao palco. O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Carlos Eduardo Caduro Padin, pediu para todos se sentarem, mas demorou para ser atendido.
A deputada eleita Monica disse que já havia um acordo prévio com o TRE para que a chapa coletiva recebesse o diploma com os nove integrantes juntos no palco. Jesus dos Santos, segundo a deputada eleita, teria sido o único barrado por um dos seguranças e por Frota. Jesus disse que houve "racismo" ao impedirem de subir no palco, e que Frota deu uma joelhada nele e o intimidou.
Frota disse que não podia aceitar que alguém pulasse no palco. “As pessoas estão sendo homenageadas, estão sendo diplomadas, não dá para ter atos como esse tipo de bandido, de pular no palco e criar esse tipo de situação. Comigo não se cria, vai ser daí para frente. Eu não sei se é uma mostra de oposição não, mas é errada, no dia em que as pessoas todas, inclusive partidos de oposição e partidos de situação, estão todos juntos recebendo os seus diplomas. Então a gente não pode aceitar que um sujeito desses pule no palco daquela maneira que ele pulou e venha achar que ele irá mandar na festa”, disse.
Depois, questionado por qual razão chamou o codeputado eleito de "bandido", Frota respondeu: "Para mim ele é um bandido. A maneira como ele pulou no palco eu não gostaria que fizesse isso, você gostaria que fizesse isso na sua casa, na sua festa? Não, e eu também não gostei disso aqui, isso é uma festa para aqueles que foram eleitos e não para bandido, para militante de esquerda ficar fazendo e usando da nossa festa para promover os movimentos deles".
Eduardo Bolsonaro (PSL) se manifestou sobre a confusão. "As pessoas estão sendo homenageadas, diplomadas, e acontecem atos bandidos como este”, disse.