Após a demissão de Silvio Almeida, acusado de assédio sexual, o governo de Lula (PT) enfrenta o desafio de escolher um novo nome para o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Lula deixou claro que deseja uma mulher negra para o cargo, como resposta simbólica à crise e reforço do compromisso com a igualdade racial. Três nomes ganham destaque: Vilma Reis, Sheila de Carvalho e Macaé Evaristo, cada uma representando diferentes alas do PT e movimentos sociais.
COTADA FAVORITA
Macaé Evaristo, deputada estadual por Minas Gerais, surge como favorita, apoiada por Gleisi Hoffmann, presidente do PT. Com uma trajetória ligada à educação e inclusão racial, Macaé busca fortalecer o protagonismo do PT mineiro no governo. No entanto, sua nomeação pode encontrar resistência de setores mais radicais do movimento negro, que questionam a centralização das decisões no partido.
opção mais técnica
Sheila de Carvalho, advogada e secretária nacional de Acesso à Justiça, é vista como uma opção mais técnica. Sua atuação discreta e eficiente no governo, aliada à confiança conquistada no Planalto, fortalece seu nome. Já Vilma Reis, socióloga e ativista, tem apoio de setores à esquerda do PT, sendo uma liderança respeitada pelos movimentos negro e feminista, mas com pouca experiência em articulações políticas dentro de Brasília.
A escolha de Lula será mais do que uma simples nomeação ministerial, carregando simbolismos profundos e repercussões políticas. O presidente busca equilibrar as demandas internas do PT e atender os anseios dos movimentos sociais, em um cenário de crise que testa sua capacidade de articulação. A decisão final, que ainda não tem data marcada, será um divisor de águas para o governo.
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