Conheça os objetivos da visita da embaixadora dos EUA na ONU ao Brasil

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, tem uma agenda de visitas agendada para as cidades de Brasília e Salvador. Durante a visita, temas como clima e segurança alimentar serão discutidos.

Linda Thomas-Greenfield chega ao Brasil nesta terça-feira | Arquivo
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A embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Linda Thomas-Greenfield, chegará ao Brasil na próxima terça-feira (2) para uma visita de três dias. Durante sua estadia, ela se encontrará com autoridades do governo, membros da sociedade civil e organizações não governamentais em Brasília e Salvador.

A agenda da embaixadora tem como objetivo discutir os desafios e prioridades compartilhados entre os dois países, incluindo a promoção da democracia e da cooperação multilateral, o combate às mudanças climáticas, a garantia da segurança alimentar, a cooperação em migração regional e a equidade para comunidades raciais, étnicas e indígenas marginalizadas. Esses temas serão abordados durante os encontros com representantes brasileiros.

Durante sua estadia em Brasília, Linda Thomas-Greenfield se reunirá com autoridades do governo para discutir a parceria entre Brasil e Estados Unidos na ONU, com ênfase em questões relacionadas ao clima e segurança alimentar. Além disso, terá encontros com representantes de organizações não governamentais que apoiam migrantes, refugiados e solicitantes de asilo venezuelanos no país.

Já em Salvador, a embaixadora vai destacar o compromisso dos Estados Unidos em atualizar o Plano de Ação Conjunta Brasil-EUA para Eliminar a Discriminação Racial e Étnica e Promover a Igualdade (Japer). Ela também participará de reuniões com membros da sociedade civil e jovens negros para discutir programas que beneficiam pautas raciais, étnicas e indígenas.

Durante uma avaliação na época, os Estados Unidos consideraram enviar a embaixadora Linda Thomas-Greenfield ao Brasil para discutir a adesão do país às sanções internacionais contra a Rússia, em resposta à sua invasão na Ucrânia. O secretário-assistente de Estado para o Hemisfério Ocidental, Brian Nichols, também planejava visitar o país. 

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No entanto, o Brasil nunca aderiu a sanções internacionais, incluindo as contra a Rússia, mesmo diante da guerra com a Ucrânia. Fontes do Itamaraty afirmaram que o país pretende manter essa postura, apesar da pressão dos EUA, pois acredita que o diálogo é a melhor saída para o conflito. 

Naquele mês, durante uma sessão no Senado dos Estados Unidos, os parlamentares criticaram a posição do Brasil em relação à guerra que havia sido iniciada pelos russos há mais de um ano. O senador democrata Ben Cardin afirmou que "a verdade é que o Brasil não tem apoiado muito as sanções relacionadas à Rússia". Enquanto isso, o secretário-assistente de Estado para o Hemisfério Ocidental, Brian Nichols, afirmou que "entendemos que nossos países nem sempre concordam, e o Brasil, como nação soberana, faz sua própria política externa".

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