Desde o dia 6 de março, quando venceu o mandato de dois anos dos integrantes do Conselho de Ética do Senado, é aguardada a indicação pelos partidos políticos dos novos 15 titulares e 15 suplentes. Nem o PMDB nem o PSDB formalizaram as indicações de seus senadores para integrar o órgão.
O PSOL anunciou que pretende ingressar com uma representação junto ao Conselho de Ética contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) e contra os ex-presidentes da Casa Renan Calheiros (PMDB-AL) e Garibaldi Alves (PMDB-RN).
Pelo regimento interno do Senado, o Conselho de Ética deveria ter seus integrantes indicados e empossados entre fevereiro e março deste ano.
O DEM, o bloco de partidos PT, PSB, PR, PRB e PC do B, o PTB e o PDT já formalizaram a indicação de quem vai integrar o conselho, mas alguns senadores não entregaram a documentação necessária, como a declaração de bens.
Para que o conselho comece a funcionar, falta a indicação de seis senadores titulares - quatro do PMDB e dois do PSDB - e nove suplentes. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
Crise
Nos últimos dias o senador Sarney foi alvo de várias denúncias como ter uma sobrinha trabalhando no gabinete do senador Delcidio Amaral (PT-MS), ter um neto trabalhando no gabinete do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) e que foi exonerado por boletim suplementar e; um outro neto que opera empresa de crédito consignado no Senado.
A crise na Casa já expôs irregularidades no pagamento de horas-extras, uso indevido de passagens áreas por senadores, atos secretos, entre outros escândalos.
Em pronunciamento recente, Sarney disse não ser o responsável pelas irregularidades: ?A crise é do Senado, não é minha?, afirmou. Em nota divulgada dias atrás, ele disse haver uma "campanha midiática" contra ele.