Coronel Correa Neto é preso ao retornar dos EUA por tentativa de golpe

Contra ele, havia um mandado de prisão preventiva decretado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Coronel Correa Neto é preso ao retornar dos EUA por tentativa de golpe | FOTO: Redes Sociais
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O coronel Bernardo Romão Correa Neto foi preso no início da madrugada deste domingo (11), no Aeroporto de Brasília, ao retornar de viagem aos Estados Unidos. Ele foi recebido no local pela Polícia Federal e, na sequência, entregue à Polícia do Exército. Contra ele, havia um mandado de prisão preventiva decretado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na ocasião, três passaportes (um deles diplomático) e um celular foram apreendidos. Correa Neto é investigado pela PF por suposto envolvimento nos crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado democrático de direito. Além dele, na última quinta-feira (8), outros três investigados na Operação Tempus Veritatis ("hora da verdade", em tradução do latim) tiveram a prisão preventiva decretada.

O pedido de prisão, formulado pela PF, teve concordância da Procuradoria-Geral da República (PGR). A investigação encontrou diálogos de Mauro Cid com Correa Neto, à época no Comando Militar do Sul, que indicam que o coronel intermediou o convite para uma reunião no dia 28 de novembro de 2022, em Brasília.

De acordo com a investigação da PF, ele "selecionou apenas oficiais formados no curso de forças especiais (kids pretos), providos, pois, de técnicas militares úteis para a consumação do golpe de Estado, e assistentes dos generais supostamente aliados".

A PGR afirmou ainda que "a investigação identificou que Correa Neto agia como homem de confiança de Mauro Cid, executando tarefas fora do Palácio da Alvorada que o então Ajudante de Ordens da Presidência da República não conseguiria desempenhar". Sendo assim, a prisão foi justificada pela possibilidade de interferência nas investigações e pelo fato de que ele estava em missão nos Estados Unidos prevista para durar até 2025.

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