Correndo contra o tempo, Dilma inaugura duas obras incompletas

presidente corre contra o tempo para participar das inaugurações de obras com a participação de verba federal, já que o prazo do TSE acaba sábado.

Dilma fez uma visita inaugural ao hospital Estadual dos Lagos, em Saquarema | Divulgação
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O Arco Metropolitano do Rio de Janeiro (RJ-109), que será inaugurado nesta terça-feira (1º), é a segunda obra inacabada inaugurada pela presidente Dilma Rousseff no Estado, em um mês. Dos 145 quilômetros da rodovia, que vai ligar os municípios de Itaguaí e Itaboraí, 25 só devem ficar prontos até 2016. A presidente corre contra o tempo para participar das inaugurações de obras com a participação de verba federal, já que o prazo do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para participar de cerimônias desse tipo acaba no sábado (5).

O mesmo aconteceu com o BRT Transcarioca, no dia 1º de junho. O corredor exclusivo de ônibus que liga o Aeroporto do Internacional Antônio Carlos Jobim, na Ilha do Governador, ao Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, foi inaugurado com apenas 19 das 47 estações em funcionamento. A construção do BRT ligando o aeroporto do Galeão à Barra da Tijuca é a obra mais cara entre todas as prometidas para o Mundial da Fifa. Custará, ao todo, cerca de R$ 2,2 bilhões.

O trecho do Arco Metropolitano inaugurado pela presidente Dilma Rousseff corresponde a 71,2 km e ligará o Porto de Itaguaí, passando pela Via Dutra (BR-116), em Seropédica, até o acesso à BR-040 (Rio-Minas), em Duque de Caxias. Da BR-040, o trajeto segue por 49 km de estrada já duplicada até Magé.

Para completar o trajeto do Arco, indo de Magé até Itaboraí, onde está sendo instalado o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, é necessário que o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) duplique outros 25 km restantes. O trecho, de responsabilidade do governo federal, levará mais dois anos para ficar pronto.

O grande objetivo da construção do Arco é desviar o tráfego intenso de veículos que atravessam a cidade do Rio, diminuindo congestionamentos nas principais vias de acesso à cidade, como a Avenida Brasil.

Procurado, o Dnit não respondeu sobre o atraso na duplicação dos 25 km de sua responsabilidade. O restante da obra foi executado pelo governo do Rio.

No dia 1º de junho, depois de ter sido adiada, a inauguração da Transcarioca aconteceu com a presença da presidente Dilma Rousseff. No entanto, apesar do investimento de R$ 1,1 bilhão do governo federal e de R$ 524 milhões da Prefeitura do Rio de Janeiro, menos da metade das estações entraram em funcionamento na ocasião da inauguração. Das 47, só 19 estavam funcionando.

Sobre a previsão para que todas as estações da Transcarioca passem a funcionar, a Secretaria Municipal de Obras informou entregou toda a obra pronta no dia 1º de junho e que informações sobre a operação das estações cabem à Secretaria Municipal de Transportes, que, por sua vez, não respondeu às solicitações da reportagem.

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