A CPI da Covid aprovou nesta quinta-feira (30) a convocação de Paulo Roberto Vanderlei Rebello Filho, diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde (ANS).
A convocação de Rebello Filho passou a ser defendida após as denúncias envolvendo a operadora de planos de saúde Prevent Senior. Senadores querem saber se houve omissão da agência diante das acusações contra a operadora.
Na última terça-feira (28), em depoimento à CPI, a advogada Bruna Morato relatou uma rotina de ameaças a médicos da operadora de saúde Prevent Senior durante a pandemia de Covid. A empresa contesta as acusações.
Representante de 12 médicos que trabalharam na empresa, ela apontou falta de autonomia dos profissionais, exigência da prescrição de remédios ineficazes e o envolvimento da empresa em um "pacto" com o chamado "gabinete paralelo" do Palácio do Planalto, que, segundo a CPI, orientava o presidente Jair Bolsonaro sobre condutas para o enfrentamento da pandemia.
Em calendário divulgado nesta quinta, o presidente Omar Aziz (PSD-AM) planeja a votação do relatório final da CPI no dia 20 de outubro.
Autor do requerimento de convocação, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ressaltou que cabe à ANS exercer “poder de polícia administrativo e promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde”.
O senador disse que Paulo Rebello deve prestar esclarecimentos “sobre as ações e medidas adotadas pela referida agência reguladora para coibir e responsabilizar irregularidades praticadas pela operadora de plano de saúde Prevent Senior ao longo da pandemia de Covid-19, bem como sobre demais pontos de inquirição dos membros desta CPI”.