Um e-mail obtido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), faz-se menção a Jair Renan Bolsonaro, o filho 04 do ex-presidente Bolsonaro. O conteúdo do e-mail está relacionado à busca por presentes oferecidos à Presidência da República e levanta a questão de que Jair Renan Bolsonaro estava apropriando-se indevidamente de itens que, por lei, fazem parte do patrimônio público.
O e-mail menciona somente o nome "Renan", mas conforme reportagem da emissora Globo News, cuja informação foi divulgada, membros da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) afirmaram que a pessoa em questão é, de fato, Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente.
No momento, o ex-presidente Bolsonaro enfrenta uma investigação que visa esclarecer se ele teria se beneficiado e/ou ordenado um esquema para a venda ilegal de bens pertencentes à Presidência, adquiridos em viagens oficiais aos Estados Unidos.
O e-mail em foco foi despachado por Carlos Henrique Holzschuk, endereçado a dois destinatários, ambos auxiliares de ordem da Presidência, incluindo Osmar Crivelatti. No conteúdo, Holzschuk comunica que Jair Renan deveria indicar sua escolha de presentes, sugerindo, assim, um desvio do acervo público em direção à apropriação desses itens.
O texto também revela que o Gabinete de Documentação Histórica ficaria responsável por informar quais itens foram selecionados pelo filho 04, e que a liberação desses itens ocorreria apenas após a obtenção da autorização explícita por parte de seu pai, então presidente da República.
A divulgação dos e-mails ocorre simultaneamente ao dia em que Jair Renan foi alvo de uma operação de busca e apreensão conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal. A operação tem como objetivo investigar suspeitas de envolvimento de Jair Renan em uma suposta organização criminosa, suspeita de práticas como estelionato, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.