A infectologista Luana Araújo foi anunciada em 12 de maio como secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19. O Ministério da Saúde anunciou sua saída do cargo dez dias depois, sem dar explicações sobre o motivo da mudança.
Uma reportagem do jornal “O Globo” mostrou que, em redes sociais, Araújo havia se manifestado contra o uso de cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina no tratamento contra o coronavírus.
A cloroquina e hidroxicloroquina tiveram a ineficácia para a Covid-19 comprovada cientificamente. O presidente Jair Bolsonaro defende o chamado tratamento precoce, com uso de hidroxicloroquina.
Em audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (26), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que Luana Araújo é “pessoa qualificada” e com “condições técnicas” para exercer qualquer função pública, mas o nome dela não foi validado politicamente por instâncias do governo.
"Nós vivemos num regime presidencialista. Eu fui indicado por quem? Pelo presidente da República. É necessário que haja essa validação técnica e também política para todos os cargos de confiança, porque senão não há condição de o presidente implementar as políticas necessárias para o enfrentamento da pandemia", afirmou.