Na reta final da CPI dos Atos Golpistas, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que atua como relatora, e os aliados do presidente Lula estão concentrando sua atenção nas reuniões entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e membros das Forças Armadas que teriam ocorrido em 2022, após o segundo turno das eleições.
Eles defendem a votação de pedidos relacionados a esses encontros, que foi mencionado por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, em sua delação premiada à Polícia Federal. Cid alegou que o almirante Almir Garnier, que na época era o comandante da Marinha, teria expressado apoio a um suposto plano golpista.
Parlamentares da base governista planejam se reunir com a senadora Eliziane Gama para discutir quais requerimentos serão submetidos à votação pelo comitê. A CPI foi estabelecida com o objetivo de investigar os ataques antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro, e está chegando à sua fase final. A leitura do relatório final está programada para o dia 17 de outubro.
Um dos pontos de destaque na reunião da CPI desta terça-feira (26) será o depoimento do general Augusto Heleno, que liderou o Gabinete de Segurança Institucional durante o governo Bolsonaro. Além disso, os parlamentares devem votar seis requerimentos, sendo quatro da base governista e dois da oposição. Há expectativa de que os requerimentos da relatora sejam incluídos junto com os da base, embora isso ainda não tenha sido confirmado oficialmente.
Segundo g1, a votação dos requerimentos provavelmente será simbólica e em bloco, o que significa que não haverá contagem de votos, e todos os requerimentos serão aprovados ou rejeitados em uma única votação.
Entre os requerimentos que serão discutidos estão a convocação do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier; a convocação de Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro; a convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro; uma nova convocação do ex-ministro da Defesa, general Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022; e o envio de Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Alguns membros da CPI, como o deputado Rafael Britto (MDB-AL), defendem a prorrogação da comissão devido ao conteúdo da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que mencionou uma suposta tentativa de golpe de Estado. No entanto, outros parlamentares, como o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), acreditam que a prorrogação não é necessária, e a leitura do relatório final continua agendada para 17 de outubro.
Com informações do g1