Em reunião nesta terça-feira, 20 de junho, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos atos de 08 de janeiro aprovou mais uma série de requerimentos de convocação. Serão ouvidos pelo grupo, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Marco Edson Gonçalves Dias e o ex-diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha.
Gonçalves Dias apareceu em imagens no Palácio do Planalto no momento em que a sede do Executivo era invadida pelos terroristas, a gravação foi veiculada pelo canal a cabo CNN Brasil e provocou polêmica, culminando na saída do coronel do comando do GSI.
No bloco de pedidos também foi autorizado o depoimento do coronel Jean Lawand Júnior, que foi identificado em uma troca de mensagens com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), supostamente articulando um golpe em favor da manutenção do líder da extrema-direita no Poder.
Lawand era subchefe do Estado Maior do Exército; e as investigações da PF sinalizam que o militar teria incentivado Cid a convencer o ex-presidente a tomar alguma medida para evitar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fosse empossado no dia 1º de janeiro.
Cabe esclarecer que eles foram convocados na condição de testemunha, ou seja, há a obrigatoriedade de se apresentarem à Comissão para prestar os esclarecimentos. Caso fossem chamados na condição de investigados, eles poderiam rejeitar a participação.