A CPI do Transporte Público de Teresina ouviu nesta terça-feira, 22, os procuradores Raimundo Eugênio e Ricarddo Almeida dos Santos e ainda os trabalhadores do sistema de transporte, Renato Pachedo da Silva, Cláudio Gomes, Dênis Pereira da Silva e Antônio Cardoso Ferreira.
Efetivamente, só respondeu uma pergunta se foi provocada na gestão anterior pelo distrato do contrato da concessão. "Não houve essa provocação e foi comentada a respeito da prestação econômica da tarifa", explica o procurador Raimundo Eugênio.
O procurador Raimundo Eugênio, que faz parte do quadro da Prefeitrua Municipal de Teresina há mais de 30 anos, acompanha o trabalho difícil dos prefeitos Wall Ferraz, Heráclito Fortes, Francisco Gerardo, Firmino Filho, Sílvio Mendes e Elmano Férrer e diz que todos enfrentaram dificuldades com transporte público e sugeriu ainda, como servidor do município, que a CPI possa ouvir técnicos de contabilidade e atuáriais. Raimundo Eugênio disse que as gestões anteriores sempre fizeram negociações.
O procurador Ricardo Almeida defendeu a necessidade de reformular o acordo e foi proposto o pagamento de R$ 26 milhões em dez parcelas. A proposta foi encaminhada ao SETUT e disse ainda que é preciso ter a garantir de que o serviço não vai parar.
O presidente da CPI, vereador Edilberto Borges, o Dudu, disse que os depoimentos dos trabalhadores do transporte público trouxeram dados estarrecedores, eles alegaram descumprimento de acordos trabalhistas, de decreto federal, trabalhadores assinando que recebeu um valor e recebeu menor. "São fatos que temos que aprofundar investigações", disse o vereador.
Dudu diz que os problemas do transporte público não começaram na pandemia, vem se arrastando ao longo dos últimos anos. "No depoimento dos procuradores, ficou claro que ao longo do tempo, nunca o órgão que executa a licitação, a Strans, acinou juridicamente a PGM para que pudesse fazer cumprir esse contrato", diz Dudu.