Nesta quinta-feira (3), a CPI dos Atos Golpistas do Congresso Nacional aprovou as convocações do hacker Walter Delgatti e do sargento do Exército Luís Marcos dos Reis. Este último é ex-integrante da equipe de Mauro Cid, que, por sua vez, foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A CPI também aprovou outras três convocações: Cíntia Queiroz de Castro, coronel da Polícia Militar do DF, Marcela da Silva Moraes Pinto, cabo da PM e Adriano Machado, fotojornalista da Agência Reuters.
Na reunião desta quinta-feira, inicialmente marcada para as 9h, a votação das convocações só ocorreu às 12h39 devido à falta de acordo entre os parlamentares. Membros da base governista discordaram da convocação do fotógrafo Adriano Machado, que esteve no Palácio do Planalto em 8 de janeiro, a trabalho, e registrou imagens de vandalismo. Essa divergência atrasou o processo de votação na CPI dos Atos Golpistas do Congresso Nacional.
Para os parlamentares da base governista, a convocação do fotógrafo Adriano Machado não poderia ocorrer, uma vez que ele estava trabalhando na cobertura dos atos e, de acordo com o entendimento deles, o sigilo da atividade jornalística está previsto na Constituição.
Preso nesta quarta-feira (2) pela Polícia Federal por suspeita de fraude em sistemas de órgãos públicos, Delgatti ficou conhecido no episódio da “Vaza Jato”, em que foram vazadas mensagens trocadas entre o então juiz Sérgio Moro, atualmente senador, e o então procurador Deltan Dallagnol, ex-deputado.