A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que vai investigar os atos antidemocráticos de 08 de janeiro, será instalada no Congresso, na próxima quinta-feira (25). A princípio, a data da primeira reunião estava prevista para a próxima terça-feira (23), contudo, foi alterada em razão da votação do novo marco fiscal, que deverá ser feita na quarta (24), segundo o senador Otto Alencar (PSD-BA), que irá integrar o colegiado. As informações são da CNN.
Os nomes dos membros já foram indicados pelo Congresso. A presidência deverá ficar com o deputado Arthur Maia (União-BA), segundo líderes partidários. O partido, embora tenha cargos no primeiro escalão do governo, possui parlamentares que fazem oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A legenda também indicou para o colegiado os senadores Soraya Thronicke (MS) e Davi Alcolumbre (AP) como membros titulares. Para a suplência, indicou Professora Dorinha (TO) e Sergio Moro (PR).
A estratégia dos aliados do governo é utilizar nomes de parlamentares que se destacaram durante a CPI da Pandemia, como os senadores Otto Alencar, Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) e Fabiano Contarato (PT-ES). Entre os nomes de governistas que também foram indicados como membros titulares estão: Eliziane Gama (PSD-MA), Rogério Carvalho (PT-SE) e Ana Paula Lobato (PSB-MA).
Como suplentes, foram indicados: Angelo Coronel (PSD-BA), Irajá (PSD-TO), Zenaide Maia (PSD-RN) e Augusta Brito (PT-CE), além de uma última vaga destinada ao PSB, cujo nome ainda não foi confirmado.
De acordo com o requerimento de criação da CPMI, a comissão será constituída por 16 senadores e 16 deputados, com igual número de suplentes, sendo um deles representante da Minoria em cada Casa. O grupo terá prazo de 180 dias para concluir os trabalhos.
Outras CPMIs em andamento na Câmara
Nesta quarta-feira (17), foram instaladas na Câmara dos Deputados, outras três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), que vão investigar a atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a manipulação do resultado de partidas de futebol e uma possível fraude financeira na empresa Americanas. Segundo a Câmara, os colegiados devem concluir seus trabalhos no prazo de 120 dias, prorrogáveis por mais 60 dias, se assim decidir a maioria de seus membros.
A comissão que vai investigar as invasões do MST será presidida pelo deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) e terá a relatoria do deputado Ricardo Salles (PL-SP). Já a comissão que vai apurar a manipulação de resultados de partidas de futebol terá como presidente o deputado Julio Arcoverde (PP-PI) e relatoria coube ao deputado Felipe Carreras (PSB-PE). A possível fraude contábil da ordem de R$ 20 bilhões na Americanas será investigada na comissão presidida pelo deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE). Para relator, foi nomeado o deputado Carlos Chiodini (MDB-SC).