O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reclamou nesta terça-feira (26) do que ele chamou de "celeridade" dos dois inquéritos para investigá-lo que tiveram a abertura autorizada nesta segunda-feira pelo Supremo Tribunal Federal. O peemedebista disse serem “impressionantes” tanto a “celeridade” quanto a “seletividade” nos processos que o envolvem.
O teor dos novos inquéritos não foi divulgado porque tramitam em segredo de Justiça. A autorização para abertura foi dada pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo. Com a decisão, chegaram a cinco o número de procedimentos sobre o peemedebista em andamento na Corte, incluindo um pedido feito em dezembro para afastá-lo do mandato e do comando da Câmara, por supostas tentativas de atrapalhar as investigações.
“Eu soube pelo procurador-geral na sexta-feira passada. Não sei, nem conheço o conteúdo, é secreto. Aliás, é impressionante a celeridade como se trata comigo, a seletividade e celeridade quando se tratam comigo. Deveria ter o procurador-geral da República a mesma celeridade com os demais investigados que existem lá. Eu não vi nenhuma outra denúncia ser apresentada contra quem quer que seja”, afirmou Cunha ao deixar o plenário na noite desta terça.